A fotografia e suas diferentes formas de expressão

 A fotografia como forma de expressão

O ser humano, sempre teve a necessidade de demonstrar como as coisas que via lhe impactavam.

As pinturas rupestres são as primeiras a registrar as gerações seguintes.

Depois as culturas egípcias, persas, romana, até que surge a pintura.

Durante muito tempo a pintura foi a forma que  o ser humano mostrava ao mundo lugares distantes e desconhecidos da maioria, retratos de reis e príncipes, entre outras coisas. 

Com o passar dos anos a pintura recebeu várias influências e diversos movimentos , com suas características surgiram. 

Mas, o ser humano sempre foi um ser curioso e inquieto, um francês chamado Joseph Niépce, procurando encontrar uma forma de fixar uma imagem em um suporte, para poder mostrá-la depois , pois tinha dificuldades em desenhar, acabou em 1926 produzindo a primeira fotografia.

Mas isso eu já mostrei na postagem A fotografia através do tempo , nessa quero abordar um pouco sobre a fotografia e suas diversas formas de expressão .

A fotografia e suas correntes de expressão

Assim como nas artes plásticas até hoje os grandes mestres do passado são revisitados e servem de referência para os novos talentos, na fotografia não é diferente.

Durante muito tempo a fotografia serviu como registro do cotidiano dos povos e foi intensamente usada pelo fotojornalismo, principalmente na cobertura das guerras. 

Mas hoje com a universalização da fotografia existem diversas correntes além do fotojornalismo, que vão além do registro da imagem e fazem parte da arte em geral.

O fotógrafo, normalmente no começo, experimenta um pouco de todos os gêneros, mas para cada um há uma especificidade e equipamentos que auxiliam na obtenção das melhores imagens.

• fotografia social
• fotografia de esportes
• retratos em estúdio
• macrofotografia
• fotografia de natureza
• fotografia de rua 
• fotografia de arquitetura

Vou abordar com vocês aquelas correntes que mais me identifico.

Fotografia vista como arte

Comecei a me dedicar à fotografia muito tarde e mesmo assim precisei interromper por muitos anos. Mas nunca é tarde pra fazer o que se ama.

Me dedico a fotografia : 

de paisagens

documental

minimalista

autoral

Essas são as correntes que mais procuro  estudar e criar minha identidade fotográfica, já abordei esse conceito na postagem Treinando o olhar.

Fotografia de paisagem

Quando penso em fotografia de paisagem é impossível não lembrar de Ansel Adms. 

Nascido em 20 de fevereiro de 1902,  em São Francisco , morreu em 22 de abril de 1984. 

A nitidez e máxima profundidade de campo eram características de suas obras. 

Para quem não conhece seu trabalho deixo abaixo um vídeo que espero que gostem.

O trabalho de Ansel Adms foi um dos precursores na visão de preservação do meio ambiente.

Nesse sentido, o fotógrafo Araquém Alcântara se destaca na atualidade, como já abordei em Fotografando a Natureza.

Minhas fotos são mais urbanas e retratam as belezas de praias e lugares que me emocionam.

Fotografia Documental

Com certeza  as referências nesta fotografia são várias mas vou destacar Sebastião Salgado e João Roberto Ripper

Quando viajo busco conhecer os hábitos dos moradores da região, entender seus costumes, conhecer sua história.

Isso me permite contar uma história através das imagens que vou captando e depois apresento as pessoas na tentativa de passar as mesmas emoções que senti ao fotografar.

O universo minimalista

No conceito minimalista, “menos é mais”, isso se aplica a tudo, mas vamos nos concentrar em como se aplica na fotografia. 

Boa parte da fotografia minimalista é produzida em P & B , mas existem muitas em cores, isso não altera o conceito.

Uma das maiores características, é o espaço negativo, dando maior evidência aos poucos elementos da foto.

Fotografia Autoral

Quando falamos em fotografia autoral é essa busca por uma assinatura na sua fotografia de tal forma que quem olha uma foto saiba que você é o autor.

Isso claro leva muitos anos para se conseguir e demanda muita dedicação para construir esse caminho.

Eu busco testar algo além da fotografia, que tem espaço para experiências em edição e também na captura das imagens.

Bem, era isso que queria conversar por hoje, espero que vocês tenham gostado. Deixe um comentário, e não esqueça de se inscrever para receber as próximas postagem.

Por que fotografar em arquivo raw

 Fotografar em arquivo raw ou jpeg?

Quando a fotografia deixa de ser um hobby e passa a ser ou profissão ou uma paixão, todo fotógrafo se faz essa pergunta.

Vejamos então se consigo explicar porque fotografar em arquivo raw é tão importante.

Na câmera digital existe um software que faz uma edição e apresenta no visor a melhor versão possível do registro feito. 

Mesmo que você esteja fotografando em arquivo raw,  no visor da câmera, a foto aparecerá editada, porém ela será armazenada com todas as informações que foram capturadas, tal qual um negativo.

O fotógrafo então terá a possibilidade de extrair o máximo de qualidade da sua fotografia, na edição, podendo corrigir algum pequeno erro de exposição, por exemplo.

Já fotografando em arquivo jpeg isso não acontece e o fotógrafo terá o arquivo comprimido, para dar mais espaço ao cartão de memória, com perda de muitas das configurações da câmera no momento que fotografou.

Talvez essa seja a razão, por eu não fotografar muito com celular, apesar de que hoje já existe o iphone 14 que fotografa em raw, mas é meio salgado ter um .

A universalização da fotografia

A fotografia atualmente está em toda parte, quase todo mundo tem uma câmera , mesmo que seja no celular.

E não é difícil encontrarmos na internet fotos espetaculares, tiradas com celular ou câmeras que não tem a opção de fotografar em arquivo raw, nem tão pouco em modo manual.

Portanto a fotografia resultante é de autoria do fotógrafo e do software que está no equipamento.

Talvez você não concorde ou pense que sou antiquado, mas acredito ser essa   a verdade.

Não estou desmerecendo o fotógrafo, afinal a fotografia não é apenas o momento do click, ela engloba outros fatores inerentes à pessoa do fotógrafo e   sua vivência, que é compartilhada na composição da fotografia.

Então por que fotografar em raw

A grande vantagem na minha opinião, é ter todas a s informações preservadas, permitindo uma edição mais fidedigna da cena registrada.

É claro que há algumas desvantagens, a principal é cartões com maior espaço, assim como HD externo , para armazenar os arquivos.

Se você está ingressando no ramo, faça o teste, fotografe a mesma cena em raw e em jpeg, depois edite os dois e com certeza você entenderá porque fotografar em arquivo raw é tão importante para quem quer um algo mais na fotografia.

Fotografia tem regras mas todo artista é um pouco rebelde

Regras da fotografia conheça pra poder quebrar

 A fotografia exige estudo e dedicação para dominar a técnica e rapidez de resposta do fotógrafo nas diversas situações que se apresentam no dia a dia.

É claro que existem diversas opiniões nesse sentido.

Não sou nenhum gênio da fotografia, mas me considero  um pouco mais que apenas curioso.

Pretendo abordar, nesse artigo, minha visão e conhecimentos de algumas das regras de composição, além de fazer uma provocação,  já que encaro a fotografia como arte e na arte não tem regra que não possa ser quebrada.

Vejamos então quais são as regras usadas na fotografia:

• regra dos terços
• proporção Áurea
• enquadramento
• linhas diagonais
• linhas de orientação
• padrões e repetições
• espaço negativo e positivo

Como você deve ter percebido, essas regras ou conceitos são muito utilizados na arquitetura e principalmente na pintura.

Regra dos terços

O fotógrafo Armando Vernaglia Jr me trouxe uma outra luz a respeito de algo que sempre me incomodou nessa regra, no link você pode assistir sua postagem na qual ele conta a origem da regra que data de 1797 (portanto muito antes da 1a fotografia em 1826) e que fala não apenas no que usamos hoje que é a divisão em terços verticais e horizontais, formando um "jogo da velha" e em cujas intersecções por regra colocamos o assunto principal e que acabam limitando nossa criatividade.

Proporção áurea

Baseada na Sequência Fibonacci, que é uma fórmula  matemática usada em diversas áreas, amplamente usada na pintura, inclusive por Leonardo da Vinci. 

Enquadramento

O pintor cria sua obra, portanto, na tela só há o que ele quis que houvesse. Já na fotografia, é preciso antes de apertar o obturador,  analisar o segundo plano.

Apesar de hoje existir programas  capazes de fazer isso na edição, ter essa preocupação poupará muito trabalho.

Se não puder limpar a cena experimente usar desfoque para isso ou preencher  o quadro com o objeto da foto.

Linhas diagonais

Na pintura e no desenho o uso do ponto de fuga é essencial, na fotografia não é diferente: saber usar essas linhas faz toda a diferença no impacto de suas fotos.

Procure o ângulo que mais valorize essas linhas, você com certeza vai gostar do resultado.

Linhas de orientação

Use a linha do horizonte para valorizar sua foto, arisque em uma nova perspectiva.

Padrões e repetições

Nesse quesito tudo pode ser usado, uma cerca, carros na rua, geometria da fachada de um prédio, pessoas sentadas numa mesma direção. 

Espaço negativo e positivo

Esse conceito pode ser aplicado a cores predominantes, a luz e sombra ou uma imagem solida e outra não.

Criatividade é o mais importante na fotografia

Todas essas regras e conceitos existem para dar um norte ao fotógrafo, mas se todos usarem isso fielmente a fotografia perderia sua maior relevância que é retratar o sentimento que cada fotógrafo empresta a cada foto.

Eu apesar de meus anos de vida, sempre tive esse espírito rebelde, regras existem para que alguém um dia as conteste e encontre algo que ainda não havia sido pensado.

E você? O que acha? Deixe seu comentário!

Construindo um olhar fotográfico

O Olhar Fotográfico

A cada dia mais e mais pessoas inundam a internet com imagens de todas as partes do mundo, atualmente a fotografia está ao alcance de todos, isso é bom pois ela foi um instrumento transformador que mudou a maneira da humanidade ver o mundo.

Acho que, assim como eu, todo apaixonado por fotografia quer não apenas fotografar, mas mostrar sua arte e assim como todo artista quer ter seu trabalho reconhecido.

Por isso, um dos caminhos que é mais usado pelos iniciantes na fotografia é postar suas fotos nas redes sociais, e em sites especializados. 

Nesses sites, onde existem grupos que fazem concursos e desafios que são analisados e votados pelos participantes , que também são fotógrafos. 

Isso vai aos poucos, através das críticas construtivas, abrindo os horizontes daqueles que estão nos primeiros passos dessa jornada.

Como já falei em outras postagens , para fotografar é preciso muito estudo, não só pelo domínio das diversas técnicas mas principalmente para ir criando aos poucos uma identidade fotográfica. 

Quando apertamos o botão, estamos eternizando uma imagem e junto com ela deve estar nossas emoções, ou seja tudo o que vivenciamos até aquele momento. 

Daí a importância de ler bons livros, ouvir boas músicas, ver boas exposições, viajar e conhecer novas culturas, enfim nossas fotografias mostram ao mundo quem somos ou o que pensamos, ou pelo menos é isso que todo bom fotografo quer que elas mostrem.

Muitas vezes é difícil para o iniciante saber exatamente onde achar bons livros e revistas sobre fotografia, daí talvez essa febre também de fotógrafos que acabam escrevendo ou criando seus blogs para discutir fotografia.

Nessa linha algumas comunidades também fazem um papel importante, vou citar aqui duas que acho bem interessante e que costumo sempre olhar:

Digital Photographer Brasil nele você se cadastra , posta suas fotos que serão vistas na galeria pelos demais participantes e comentadas e/ou votadas. Além disso os editores também podem perceberem seus trabalhos que podem até ser publicados. Se quiserem dar uma olhada na minha página é só clicar aqui

foto publicada na edição 14 da Digital Photographer Brasil

Flinpo - Fotografia em Língua Portuguesa conheci e me cadastrei agora no Flinpo, me parece ser bem interessante e com uma proposta parecida com a da Photographer, porém com algumas diferenças: em primeiro lugar é feito em Portugal, nele são propostos desafios semanais aos participantes e os vencedores  e destaques têm seus trabalhos publicados em revistas trimestrais. 

Foi com muita alegria que vi na edição de nov/2013 a foto de minha amiga Berenice Kauffmann Abud, que foi o grande destaque desse trimestre e concedeu uma entrevista também a revista do site a FMagazine nº9.

Em breve farei uma lista de links de algumas publicações especializadas em fotografia que talvez possam ajudar aos que iniciam na arte da fotografia, espero que vocês tenham gostado dessas duas dicas e aproveitem para ver os diferentes olhares. 

Deixe seu comentário, pergunta ou crítica, e até a próxima.

Treinando o Olhar

Treinando o Olhar Fotográfico  

Quando conhecemos o universo da fotografia, é natural um  encantamento surgir,  algo toma posse de nós, saímos câmera em punho e como se fossemos um pistoleiro atiramos em tudo que enxergamos. 
Com o passar do tempo, passamos a ter nossas preferências em termos de fotografia, alguns preferem se dedicar a macro fotografia,  a fotografia de moda, retratos, fotografia de natureza, enfim cada um segue um caminho ou mais de um.

 Em minha opinião isso ocorre porque a fotografia como qualquer outra arte, carrega a história da pessoa que a produz, ou seja, quando apertamos o disparador todos os filmes, os quadros, os livros, toda a nossa história de vida influenciarão o resultado final. 

É simples você provar isso, ou pelo menos ver como isso de fato ocorre, basta você pegar um grupo de dez fotógrafos e ir para um mesmo local com um tema sendo fotografado e você terá dez visões diferentes do mesmo tema.

Outra coisa comum aos iniciantes em fotografia é a família o eleger fotógrafo oficial, mas não se engane eles vão querer um trabalho profissional pelo preço de irmão, uma vantagem levamos nesses casos, normalmente conhecemos todos os fotografados e isso nos dará uma vantagem ao registrar um evento, pois sabemos o que é realmente relevante em cada ocasião.

Muitos iniciantes fazem um curso de fotografia e logo se aventuram ao ramo das fotografias de eventos, alguns até conseguem êxito, mas a grande maioria que hoje procuram fazer um curso e se dedicar a fotografia o faz por amor à arte fotográfica, pelo prazer de ver materializada e eternizada uma imagem.

Não sei qual é o seu caso, mas vou falar um pouco de como me envolvi com a fotografia e quem sabe isso possa ajuda-lo a trilhar o seu caminho com maior facilidade.

Quando eu era adolescente, lá pelos 16 anos, fui com meu primo Benê, que é artista plástico, fotografar Paraty/RJ, ele usava depois as fotografias, na época em cromos, para pintar seus quadros em óleo sobre tela. 

Chegando lá meu primo pegou uma das suas câmeras, no caso uma Pentax e me deu algumas noções básicas e eu parti todo feliz para clicar pela primeira vez. 

Quando vi o resultado da foto que fiz na tela pintada pelo meu primo, fiquei maravilhado, senti naquele momento que um dia eu poderia fotografar de verdade.

Mas foram precisos mais de 30 anos para que eu voltasse a olhar para a fotografia de maneira mais intensa, ela transformou minha vida de maneira definitiva.

Passei a postar em sites como o Flickr e participar de grupos para comparar os olhares e participava dos concursos internos que aparecia por lá. 

Isso para mim foi importante, porque a gente sempre acha ou que nossa foto é a melhor ou que é a pior, mas na verdade nem uma coisa nem outra estão certas.

Foi através de um contato do Flickr, que tomei conhecimento do CFAS (Clube Foto Amigos de Santos), procurei o foto-clube para fazer um curso e depois entrei como sócio, queria participar de concursos e Bienais e para isso é necessário ser afiliado a um foto-clube.

Participei de diversos concursos internos e externos, isso foi importante para criar certa identidade fotográfica, hoje duas vertentes principais da fotografia são as minhas preferidas, a fotografia de Natureza e a fotografia documental.

É claro que isso é  influência:  da minha história, do meu primo que me introduziu nesse universo e de tudo que vi em exposições de arte e de fotografia e filmes documentários, que adoro assistir. 

Tenho a convicção de que uma das principais características da fotografia e também a maior influencia dela na conscientização das pessoas em torno do mundo que vivemos, é documentar o momento, os costumes, e a geografia e tudo que caracteriza um povo, uma região.

A fotografia sempre teve uma influência importante no Brasil, incentivada pelo então imperador Dom Pedro II, foram criados estúdios e havia fotógrafos contratados pelo imperador para divulgar esse invento. 

Naquela época a fotografia era para uma minoria, e a bem da verdade isso só mudou realmente com a chegada da fotografia digital. 

Hoje quase todo mundo tem em sua casa ao menos uma câmera, mesmo que seja no celular e arrisca tirar suas fotos.

Mas quando o assunto é Arte Fotográfica temos sempre que nos lembrar do papel dos foto-clubes na sua transmissão. 

A chegada da digital também teve um papel importante na revitalização dos foto-clubes, a Confederação, agrega atualmente pouco menos de 100 clubes espalhados por todo o Pais e é através deles que todos os anos diversos novos talentos aparecem para o mundo da fotografia.

É extremamente importante que os sócios de um foto-clube participem desses eventos e promovam o Clube e represente a sua cidade, para o sócio participante também é importante, pois a cada novo evento ele se aprimora e com isso seu olhar vai se transformando.

Dicas para aprimorar seu olhar fotográfico

Concluindo deixo aqui minhas dicas de como você pode aprimorar cada vez mais e de forma contínua seu olhar fotográfico:

-Participe de comunidades, mas escolha aquelas onde os participantes fazem comentários e críticas às fotos apresentadas, é um bom exercício para o ego também;

-Participe de todos os concursos que puder e quando sair os resultados procure aprender como são analisadas as fotos;

Lembre-se há uma enorme diferença entre a foto na internet e a foto impressa, e a qualidade dessa impressão faz toda a diferença entre uma foto boa e uma foto campeã;

-Quando for fotografar, procure criar a foto em sua mente antes de começar a enquadrar, analise a luz, olhe em volta e decida a melhor composição, só depois busque a técnica necessária para conseguir o que viu;

-Frequente exposições não só de fotografias, mas também de pinturas e de artes em geral;

-Quando ver um filme, procure entender a linguagem através da fotografia apresentada nele;

-Tudo que está a nossa volta pode ser fotografado, lembre-se disso, mas a maneira como é fotografado é que faz toda a diferença;

-Pratique muito e sempre analise se o que você fotografou foi exatamente o que sentiu no momento que apertou o disparador.

Acredito que assim, além de melhorar suas fotos, você sentirá mais prazer em fotografar.

Começando a fotografar

Algumas dicas que podem ajudar na fotografia

A fotografia hoje está ao alcance de todos, com os avanços tecnológicos, a fotografia digital vêm mudando inclusive a maneira de enxergarmos o mundo e transformado também os meios de comunicação. Hoje é normal você ver nos noticiários da TV ou nas mídias impressas, fotos e videos enviados por pessoas comuns, que os produziram em seus celulares ou câmeras.

Mas se você, não quer apenas conhecer um pouco e sair por aí clicando tudo que enxerga, deixando que seu equipamento faça o serviço todo, esse artigo é para tentar te ajudar a refletir sobre isso.

Então vamos supor que você ama a fotografia na sua essência, poder eternizar um momento e transmitir toda a emoção daquela fração do tempo, esse é seu objetivo.

Normalmente a primeira coisa que pensamos é que temos que ter uma câmera daquelas profissionais, bem uma boa câmera ajuda a conseguir bons resultados, mas ela sozinha não faz uma boa foto.
Vejamos então  o que realmente importa quando você vai começar a aprender fotografia.

As câmeras são produzidas para tirarem boas fotos, no modo automático ela faz uma leitura da luz e do motivo a ser fotografado e programa a abertura do diafragma, a velocidade do obturador, o ISO a ser utilizado, a melhor exposição , a necessidade ou não de flash e pronto é só você   estabilizar a câmera e apertar o botão, algumas também corrigem o tremor das mãos. Mas então foi você ou foi a câmera que fotografou? 
Aí alguém pode dizer , ah mais eu é que escolhi o enquadramento, é verdade mas a câmera também pode corrigir isso.

Se você quer produzir imagens através de uma câmera fotográfica  é essencial que ela tenha o modo Manual de captura, nele você é quem decide todos os controles que resultaram na imagem final.

Isso lhe dará total controle sobre o resultado final, mas é claro isso não é fácil de obter.

O segundo fator que deve levar em conta quando for comprar sua câmera é a lente que vem com ela.

Existem câmeras compactas com lentes muito boas, mas se você pensar a longo prazo, é preciso entender algumas coisas básicas.

Toda lente tem características que indicam como ela irá transmitir para o sensor a imagem que você enquadrou. A distância focal, medida em milímetros, e a sua luminosidade, que irá definir qual será a abertura de diafragma que ela permitirá ser usada.

Mas como você irá ver isso quando for comprar sua câmera? Toda lente vêm com essas informações gravadas na borda da lente, algo parecido com isso
10-30mm é a distancia focal dessa lente e 1:3,5-5.6 é a abertura máxima do diafragma  ou seja quando a lente é usada na distância focal de 10mm a abertura máxima é 3,5 e quando é usada em 30mm a abertura máxima é 5,6.

Talvez você esteja confuso mas vou tentar te explicar melhor.
Vamos comparar a câmera ao olho humano, se nosso olho fosse a lente ele teria uma distância focal equivalente a 50mm, sem considerarmos nossa visão periférica e teria uma luminosidade de 1:1, então quando a lente é menor que 50mm ela é considerada grande angular(ideais para fotografar paisagens e ambientes apertados) e quando elas são maiores que 135mm são chamadas de teleobjetivas (usadas para fotos de animais na natureza, esportes  e para closes à distância. 
Ainda pensando no exemplo acima, a lente seria F:1:3,5 para a distância de 10mm ou seja 3,5 vezes mais escura do que o olho humano, você deve ter percebido que quanto mais perto de 1:1 mais clara é a lente e maior será a abertura que ela permitirá fazer no diafragma.
Você deve estar pensando que eu errei, mas não, é exatamente isso quanto menor o número do f: maior é abertura do diafragma numa escala que é normalmente a seguinte

Nas câmeras digitais há mais um complicador, os sensores são, via de regra, pequenos e por isso tem um fator de corte ou seja o que vemos no visor ou no Lcd não será exatamente o que o sensor irá registrar.
Hoje vou ficar por aqui, em breve falarei um pouco mais detalhadamente sobre cada um dos fatores que determinam o resultado de uma fotografia.

Quando usávamos câmeras analógicas a primeira coisa a ser definida era o que seria fotografado e com que luz, se as fotos eram para paisagens em dias de sol o certo era comprar filmes com ISO baixo, 50 ou 100, e se fossemos fotografar em algum lugar fechado e de pouca luz escolhíamos um filme de ISO maior 400 ou mais. Com as digitais isso pode ser definido na hora de cada foto, quanto maior o ISO que escolhermos maior a sensibilidade do sensor, mas também maior são os ruídos que a foto poderá apresentar.
Muitas pessoas pensam que quanto maior o número de pixels que a câmera apresenta, melhor serão as fotos, mas na verdade os pixels determinam o tamanho do arquivo. Esses arquivos normalmente são em JPEG, isso significa que a foto será comprimida, ou seja boa parte das informações serão perdidas, porém hoje várias câmeras, mesmo compactas, já permitem fotografar em RAW. Esse arquivo não é compactado, portanto maior que os em JPEG, porém permitem uma melhor edição da fotografia, seria o equivalente a ter um negativo da foto.
Agora que já falamos um pouco sobre alguns dos fatores que influenciam na sua escolha, é preciso ter em mente que para cada tipo de fotografia existe uma diferença grande de equipamentos necessários para você conseguir um resultado melhor, por isso que se você puder investir em uma câmera Dslr, que trocam as lentes, é melhor do que uma compacta, pois após você definir qual a fotografia você irá se dedicar, seu investimento será só em lentes específicas. Para começar normalmente a que vem com a câmera já irá ser útil.

P&B

Preto e branco o fascínio pelo principal elemento da fotografia

A fotografia em preto e branco sempre me fascinou, no início da fotografia os filmes eram em preto e branco. 

Os grandes mestres como Cartier-Bresson pouco ou nenhum contato tiveram com os filmes em cores. 

Atualmente temos vários grandes fotógrafos que preferem continuar a fotografar quase que exclusivamente em Preto e Branco.

É o caso de Sebastião Salgado ou João Roberto Ripper. 

Mesmo os fotógrafos de Natureza fazem belíssimos trabalhos em preto e branco, como é o caso de Araquém Alcântara.

Uma explicação para isso, talvez seja o fato que sem a distração da cor, outros elementos da fotografia se destacam, como composição e a luz.

Hoje  a tecnologia avança, e as câmeras permitem cada vez mais um controle melhor da luz, razão de ser da fotografia, é possível se fotografar em cores e depois na pós-produção transformar a fotografia em monocromática, mas particularmente acho que as melhores fotos em preto e branco, são aquelas que criamos já monocromática.

Quando você sair novamente para fotografar ou mesmo quando estiver tirando fotos em sua casa, experimente programar a câmera para fotografar em preto e branco. Lembre-se que não terá como reverter depois então se quer a mesma foto em cor tire outra, de preferência fotografe em RAW, e depois edite a foto. se você tiver feito uma em cor, transforme essa em Preto e Branco e veja a diferença.

Editei um vídeo que postei no canal do Olhar Santista no Youtube, espero que vocês curtam.

Macrofotografia - técnica de lente invertida

A macrofotografia é uma área da fotografia que me fascina, existe um mundo a parte escondido nos detalhes das flores ou dos pequenos insetos, mas para entrar nesse mundo geralmente é preciso um certo investimento em equipamentos, lentes macros, geralmente muito caras pois é preciso ter uma lente clara,

tubos ou foles extensores , filtros close-up, flashs e um bom tripé, na internet há extensa  quantidade de publicações que falam sobre o assunto com dicas e vídeos como esse que mostra algumas formas de se fazer macro com o uso de alguns equipamentos mais em conta.

É quase impossível fazer uma boa foto macro sem boa iluminação e sem estabilizar a câmera.

Mas existe uma técnica lente invertida que nos permite uma qualidade razoável usando a lente kit 18-55mm que normalmente tem abertura de f/3,5- 5,6   que convenhamos não é nada clara , é possível também usar uma lente analógica fixa 50mm que normalmente é bem barata  e mais clara (f/ 1,4 ou 1,8).

Você talvez já tenha ouvido falar nessa técnica mas se nunca ouviu ou utilizou, vai aí minha dica, vale muito a pena, e serve pra você testar antes se a Macrofotografia será ou não sua paixão também, assim você não sai gastando dinheiro sem conhecer um pouco os resultados.

Bem eu tenho uma NikonD60 com a lente 18-55mm f/3,5-5,6 no kit, tenho também uma OM1 com a lente 50mm f/1,4, então vou falar um pouco e mostrar os resultados , espero que vocês curtam.

Em primeiro lugar vamos falar da técnica pra quem não conhece, preciso dizer que não sou nenhum expert no assunto, então me perdoem  caso eu cometa algum equívoco, e peço que se alguém perceber algo me informe.

vou começar por essa foto tirada com a lente  acoplada com as seguintes especificações, 55mm, f/ 5,6, iso 100, velocidade 1/125

essa foto foi feita sem iluminação artificial, estava próximo a uma janela mas na sombra.

Agora para aproximar ainda mais o assunto em questão vou utilizar a lente invertida, o processo é literalmente esse, retire a lente e segure ela invertida , é claro que se você tiver um adaptador é bem mais prático, e se você gostar é só comprar um ou fazer como demostrado nesse vídeo disponibilizado no youtube. Você é claro não terá muito controle, por exemplo o foco será feito apenas aproximando do assunto, mas você pode controlar a abertura do diafragma pela controle da mola que fica exposto quando ela é invertida. então vejamos o resultado.

essa foto foi feita com o uso de um pequeno abajur funcionando como luz fixa, vc pode também utilizar um flash externo e o flash da câmera, com a programação feita da maneira que preferir, é só ir testando e encontrar a que mais lhe agrade.

Também é possível a utilização de uma lente invertida acoplada a lente kit, no meu caso usei a 50mm  f/1,4, é claro que isso produzirá uma vinheta devido a diferença entre as duas lentes mas vc pode fazer um crop depois, vejamos esse resultado

Bem espero que tenham gostado, como podem ver é tudo bem simples, e não usei, além do kit básico, apenas uma lente de uma câmera analógica, você pode ver nos vídeos que fazem parte da postagem que com alguns equipamentos simples, você pode conseguir melhores resultados, apenas uma lembrança, o foco deve ser feito manualmente, e luz e estabilização perfeita garante uma qualidade melhor na foto.

Até a próxima e deixe seu comentário.

Fotografando em modo manual

Fotografando em modo anual

Imagine que você é um apaixonado por carros, e compra uma Ferrari, no seu modelo top de linha, tem piloto automático, você entra no carro coloca no controlador de bordo o seu destino e é só apreciar a paisagem.
Tenho certeza que não é essa a sua ideia de curtir o seu carrão, bem esse foi meu pensamento quanto optei pela compra de uma digital, mas a grana era pouca então a minha não é uma Ferrari, mas o mais importante ela funciona com modo manual, vejamos então porque isso é importante.
Cada fabricante disponibiliza, em cada modelo novo, uma configuração diferente, então seria bom você pesquisar antes e ver qual se enquadra melhor nas suas necessidades e orçamento, as câmeras mais profissionais são ainda caras mas é preciso medir o custo-benefício que ela trará.
Atualmente existe uma gama enorme de modelos, mas basicamente temos câmeras compactas(as mais comuns , hoje existem modelos com bons recursos e preços bem acessíveis)e as SLR( permitem uma serie de controles e a troca de objetivas, seu sistema de captação permite maior fidelidade).
Com o conhecimento de conceitos e procedimentos básicos é possível se fazer boas fotos com qualquer câmera, sem eles provavelmente você irá usar o equipamento em modo automático e perderá muito do poder de criação.
Entendo como conceitos básicos , o porque dos resultados de uma foto, coisas como a relação entre nitidez e tempo de exposição e suas variáveis.
E procedimentos básicos, seria o como usar os recursos do meu equipamento para atingir o resultado que quero.
Usando o equipamento em modo manual, possibilita controlar a abertura do diafragma e a velocidade do obturador, e com isso fazer a fotometria correta para uma boa foto. Antigamente antes mesmo de fotografar era necessário decidir a sensibilidade do filme (ISO), de acordo com a qualidade de luz do local a ser fotografado, atualmente as câmeras fotográficas tem esse recurso e permitem regular a sensibilidade do sensor, a variação na escala que vai normalmente de ISO 50 a ISO 1600, é um dos fatores que podem diferenciar o custo do equipamento. Tal escolha quando fotografamos em modo manual também é feita por nós, e pode fazer muita diferença no resultado final.
Você talvez já tenha ouvido alguém falar que fotografar é escrever com a luz, todo o processo fotográfico depende da luz e tem muito em comum com o olho humano.
Diafragma é o dispositivo que determina a abertura do sistema que irá permitir a entrada de luz que será percebida pelo sensor , no caso das digitais.
Essas aberturas são representadas por números de f, sendo que a escala mais conhecida varia entre f 1.4 , 2, 2,8, 4, 5.6, 8, 11, 16 e f 32.
Quanto maior o número, menor quantidade de luz irá passar pelo diafragma e cada ponto da escala representa o dobro da outra abertura.
Portanto se estamos fotografando , num dia de sol, a tendência é usar aberturas maiores f 11 ou f16
Na foto abaixo, vemos representadas duas aberturas diferentes foto1- f2.8 e na foto2- f16.Obturador é o mecanismo que controla o tempo pelo qual a luz irá passar e sensibilizar , no caso das digitais, o sensor.
A velocidade com que isso acontece é indicada em números e varia de um fabricante para o outro, mas normalmente é uma escala assim representada:
15, 8, 6, 4, 2, 1, 1/2, 1/4, 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125, 1/500, 1/1000, 1/2000. Sendo que o número 1 representa um segundo e os demais são mais lentos 2,4,6...,ou mais rápidos 1/2, 1/4, 1/30...
Dessa forma se quisermos captar uma imagem e congelar os movimentos devemos usar velocidades altas(1/2000, 1/1000...)
Já as velocidades baixas, deixaram a exposição mais demorada e aconselha-se ser feitas com uso de tripé.
Fotometria as câmeras, vem com um dispositivo chamado fotometro que auxilia no equilíbrio entre os dois ajustes , ele apresenta uma escala normalmente entre -2 e +2 onde o zero é o ideal, e deve ser consultado sempre que fotografamos sem flash.
Agora que já falamos sobre os principais ajustes que temos que nos acostumar, é só ajustar o foco e teremos boas fotos, várias câmeras tem foco automático e não permitem tal ajuste, mas esses conceitos básicos irão ajudá-lo a fazer boas fotos, aproveite que você não precisa comprar vários filmes e faça testes até se acostumar e dominar as combinações.
Essa creio, seja a base, porém para fotos que sejam diferenciadas temos que conhecer algumas outras coisas tais como: regra de terços, composição , desfoques e efeitos especiais e outros assuntos que iremos tratar nos próximos tutoriais.
Espero que esse tenha ajudado, coloque seu comentário e se tiver qualquer duvida, eu procurarei responder e se não souber procurarei a resposta o mais rápido possível, até o próximo.
Julio Escobar

iniciando a jornada

Oi pessoal

Com quase 30 anos de atraso, comecei a me dedicar a essa verdadeira paixão que é o mundo da fotografia, e digo isso porque há realmente todo um mundo a ser descoberto por quem inicia esse caminho.

Gostaria de compartilhar com vocês algumas coisas que pra mim foram muito importantes, quero deixar claro que não sou um profissional no ramo, apenas um amante dessa arte, e deixo também aqui o espaço aberto para comentários e postagens de outros que possam ter mais a acrescentar sobre qualquer assunto que venha a ser discutido ou apresentado.

Para começar queria falar de coisas bem elementares, pode parecer até bobagem , mas é realmente importante, vamos imaginar que você acaba de comprar ou ganhar de presente uma câmera fotográfica, hoje ela provavelmente é digital, a vontade que temos é sair por ai clicando tudo que aparecer pela frente.

Mas para aqueles que vem a fotografia como uma forma de manifestação artística, a coisa é um pouco diferente, então antes de encher a memória de sua máquina faça uma pequena pausa, e leia atentamente o manual dela, descubra seus recursos, se você ainda for comprar a máquina e a verba está curta, procure uma que possua a função manual,hoje quase todas tem essa função.

Antigamente aprender a fotografar era um pouco mais caro, pois havia o custo do filme e só sabíamos o resultado após a revelação, e mesmo fotógrafos experientes podiam perder fotos por diversos motivos, hoje você pode fotografar e em seguida ver o resultado, quase que preciso de suas fotos, então não há porque não testar e testar até que você domine as várias funções da câmera, e elas variam demais de uma marca para outra e até de um modelo para outro da mesma marca.

Muitas pessoas que possuem câmeras fotográficas , querem registrar fotos de eventos familiares e de viagens, apenas como lembranças, isso é uma função importante da fotografia e através desses registros várias partes da nossa história podem ser contadas, para essas pessoas as câmeras digitais são preparadas e programadas , nas funções automáticas e cenas pré-programadas, para que não seja possível perder fotos.

Porém nem sempre essa programação é precisa, então se você quer mais que simples registros do cotidiano familiar te aconselho a conhecer os recursos da sua câmera e também os conceitos básicos da fotografia.

Espero que o Olhar Santista te ajude nesse caminho, uma coisa eu posso te garantir sempre haverá coisas a aprender e é preciso ler muito, entre em fóruns e comunidades especializadas, isso ajuda muito, e os amantes da fotografia costumam compartilhar conhecimentos.

Vamos ao que realmente interessa, quando você usa a função automática o que acontece?

Sua câmera está programada para fazer vários ajustes , para que a imagem saia perfeita, sua única preocupação é enquadrar a imagem?

Nem sempre, se você só olhar as fotos digitalmente tudo estará igual , mas se você resolver imprimi-las talvez tenha surpresas, é o fator de corte que veremos em outros tutoriais;

Agora vamos ver o que a máquina faz por você na função automática:

regula o foco automaticamente;

regula a velocidade do obturador;

regula a abertura do diafragma;

regula a sensibilidade ISO do sensor;

Entre outras funções que estão relacionadas a esses comandos, ao longo dos tutoriais tentarei falar de cada um desses tópicos.

Quando decidimos que queremos controlar esses ajustes e colocamos a câmera em função manual, significa que nós é que temos que dizer a ela o que deve fazer e aí começa a diferença entre apertar o botão do obturador e fotografar.