domingo, 28 de janeiro de 2024

A fotografia e o tempo

 Baú de lembranças

Existem momentos  que  nos marcam tão profundamente que acabam nos conduzindo e moldando nossas vidas. Vou compartilhar um desses momentos da minha vida, e espero que vocês curtam.
Benê era o nome artístico que meu querido primo usava. Seu nome: Benedicto Paulo Filho; em família, todos o chamavam de Paulinho. Apesar de ter uma deficiência auditiva desde criança, ele se tornou um grande artista e viveu até o fim de sua vida da sua arte. 



Em 1978 eu estava o visitando, ele sempre morou em São Paulo, e me convidou
para uma viagem até Paraty/RJ, pois queria tirar algumas fotos para posteriormente projetá-las e produzir suas telas.
Chegando lá, para minha surpresa ele pegou uma de suas câmeras e me deu algumas instruções e lá fui eu em busca de minhas primeiras fotografias. Era o tempo das analógicas e só depois de quase um mês meu primo me mostrou a tela com uma das fotos que eu havia capturado. A imagem transformou para sempre minha vida. Sabia que um dia eu iria me dedicar totalmente a fotografia.
Porem  somente depois de mais de 30 anos, com a chegada das digitais, o acesso para a fotografia se tornou possível para mim.
Após algum tempo já fotografando, uma ideia me surgiu a de ir a Paraty e refazer minha primeira fotografia, porém como tudo para mim tem que ser arrancado na força, demorou mais 3 anos para conseguir ir lá, mas consegui realizar a foto.



De volta a Santos, enquanto editava as  fotos que fiz, outra ideia surgiu: por que não homenagear meu primo, com uma exposição com fotos minhas de Paraty? E foi assim que eu voltei a Paraty e dessa vez com olhar mais aguçado e pensando no meu objetivo final.
Fiz uma seleção de fotos e consegui um local para a exposição que havia planejado.

Até minha mãe esteve presente na vernissage




Foto de Joanna Rocha


Foto de Joanna Rocha


Desistir não é uma opção, por isso que hoje estou aqui compartilhando essa postagem, após ter me afastado alguns anos, para cuidar de minha mãe que hoje descansa. 
Quem já passou pela experiência de ser cuidador em tempo integral de um ente amado, sabe o preço emocional que isso cobra, mas agora já refeito de tudo isso, volto a fotografar e a cuidar das minhas interações na internet.
Recentemente licenciei algumas fotografias minhas em duas plataformas que além de imprimi-las em quadros e Fineart, estampam elas também em artigos como: canecas, camisetas, cadernos, toalhas, etc. 
Vou deixar o link abaixo para meus espaços em cada uma, dá uma olhada lá e segue meu espaço para que quando eu postar algo novo lá você possa ver.  Se você gostar fique a vontade para compartilhar e talvez comprar algo para sua casa ou escritório.
Clique aqui e visite meu Studio:



quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A fotografia e suas diferentes formas de expressão

 A fotografia como forma de expressão

O ser humano, sempre teve a necessidade de demonstrar como as coisas que via lhe impactavam.

As pinturas rupestres são as primeiras a registrar as gerações seguintes.

Depois as culturas egípcias, persas, romana, até que surge a pintura.

Durante muito tempo a pintura foi a forma que  o ser humano mostrava ao mundo lugares distantes e desconhecidos da maioria, retratos de reis e príncipes, entre outras coisas. 

Com o passar dos anos a pintura recebeu várias influências e diversos movimentos , com suas características surgiram. 

Mas, o ser humano sempre foi um ser curioso e inquieto, um francês chamado Joseph Niépce, procurando encontrar uma forma de fixar uma imagem em um suporte, para poder mostrá-la depois , pois tinha dificuldades em desenhar, acabou em 1926 produzindo a primeira fotografia.

Mas isso eu já mostrei na postagem A fotografia através do tempo , nessa quero abordar um pouco sobre a fotografia e suas diversas formas de expressão .

A fotografia e suas correntes de expressão

Assim como nas artes plásticas até hoje os grandes mestres do passado são revisitados e servem de referência para os novos talentos, na fotografia não é diferente.

Durante muito tempo a fotografia serviu como registro do cotidiano dos povos e foi intensamente usada pelo fotojornalismo, principalmente na cobertura das guerras. 

Mas hoje com a universalização da fotografia existem diversas correntes além do fotojornalismo, que vão além do registro da imagem e fazem parte da arte em geral.

O fotógrafo, normalmente no começo, experimenta um pouco de todos os gêneros, mas para cada um há uma especificidade e equipamentos que auxiliam na obtenção das melhores imagens.

  • fotografia social
  • fotografia de esportes
  • retratos em estúdio
  • macrofotografia
  • fotografia de natureza
  • fotografia de rua 
  • fotografia de arquitetura

Vou abordar com vocês aquelas correntes que mais me identifico.

Fotografia vista como arte

Comecei a me dedicar à fotografia muito tarde e mesmo assim precisei interromper por muitos anos. Mas nunca é tarde pra fazer o que se ama.

Me dedico a fotografia : 

de paisagens

documental

minimalista

autoral

Essas são as correntes que mais procuro  estudar e criar minha identidade fotográfica, já abordei esse conceito na postagem Treinando o olhar.

Fotografia de paisagem

Quando penso em fotografia de paisagem é impossível não lembrar de Ansel Adms

Nascido em 20 de fevereiro de 1902,  em São Francisco , morreu em 22 de abril de 1984. 

A nitidez e máxima profundidade de campo eram características de suas obras. 

Para quem não conhece seu trabalho deixo abaixo um vídeo que espero que gostem.


O trabalho de Ansel Adms foi um dos precursores na visão de preservação do meio ambiente.

Nesse sentido, o fotógrafo Araquém Alcântara se destaca na atualidade, como já abordei em Fotografando a Natureza.

Minhas fotos são mais urbanas e retratam as belezas de praias e lugares que me emocionam.

A-pegáda

Fim-de-tarde-dourada

Fotografia Documental

Com certeza  as referências nesta fotografia são várias mas vou destacar Sebastião Salgado e João Roberto Ripper

Quando viajo busco conhecer os hábitos dos moradores da região, entender seus costumes, conhecer sua história.

Isso me permite contar uma história através das imagens que vou captando e depois apresento as pessoas na tentativa de passar as mesmas emoções que senti ao fotografar.

O universo minimalista

No conceito minimalista, “menos é mais”, isso se aplica a tudo, mas vamos nos concentrar em como se aplica na fotografia. 

Boa parte da fotografia minimalista é produzida em P & B , mas existem muitas em cores, isso não altera o conceito.

Uma das maiores características, é o espaço negativo, dando maior evidência aos poucos elementos da foto.


no-stress


Fotografia Autoral

Quando falamos em fotografia autoral é essa busca por uma assinatura na sua fotografia de tal forma que quem olha uma foto saiba que você é o autor.

Isso claro leva muitos anos para se conseguir e demanda muita dedicação para construir esse caminho.

Eu busco testar algo além da fotografia, que tem espaço para experiências em edição e também na captura das imagens.


caminhando-com-meu-cão

O-túnel-do-tempo

Bem, era isso que queria conversar por hoje, espero que vocês tenham gostado. Deixe um comentário, e não esqueça de se inscrever para receber as próximas postagem.


terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Por que fotografar em arquivo raw

 Fotografar em arquivo raw ou jpeg?

Quando a fotografia deixa de ser um hobby e passa a ser ou profissão ou uma paixão, todo fotógrafo se faz essa pergunta.

Vejamos então se consigo explicar porque fotografar em arquivo raw é tão importante.

Na câmera digital existe um software que faz uma edição e apresenta no visor a melhor versão possível do registro feito. 

Mesmo que você esteja fotografando em arquivo raw,  no visor da câmera, a foto aparecerá editada, porém ela será armazenada com todas as informações que foram capturadas, tal qual um negativo.

O fotógrafo então terá a possibilidade de extrair o máximo de qualidade da sua fotografia, na edição, podendo corrigir algum pequeno erro de exposição, por exemplo.

Já fotografando em arquivo jpeg isso não acontece e o fotógrafo terá o arquivo comprimido, para dar mais espaço ao cartão de memória, com perda de muitas das configurações da câmera no momento que fotografou.

Talvez essa seja a razão, por eu não fotografar muito com celular, apesar de que hoje já existe o iphone 14 que fotografa em raw, mas é meio salgado ter um .

Por-que-fotografar-em-arquivo-raw


A universalização da fotografia

A fotografia atualmente está em toda parte, quase todo mundo tem uma câmera , mesmo que seja no celular.

E não é difícil encontrarmos na internet fotos espetaculares, tiradas com celular ou câmeras que não tem a opção de fotografar em arquivo raw, nem tão pouco em modo manual.

Portanto a fotografia resultante é de autoria do fotógrafo e do software que está no equipamento.

Talvez você não concorde ou pense que sou antiquado, mas acredito ser essa   a verdade.

Não estou desmerecendo o fotógrafo, afinal a fotografia não é apenas o momento do click, ela engloba outros fatores inerentes à pessoa do fotógrafo e   sua vivência, que é compartilhada na composição da fotografia.

Então por que fotografar em raw

A grande vantagem na minha opinião, é ter todas a s informações preservadas, permitindo uma edição mais fidedigna da cena registrada.

É claro que há algumas desvantagens, a principal é cartões com maior espaço, assim como HD externo , para armazenar os arquivos.

Se você está ingressando no ramo, faça o teste, fotografe a mesma cena em raw e em jpeg, depois edite os dois e com certeza você entenderá porque fotografar em arquivo raw é tão importante para quem quer um algo mais na fotografia.