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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Nada é por acaso

Uma nova perspectiva no olhar

A Fotografia me ensinou uma nova maneira de ver, todo apaixonado por fotografia já deve ter tido essa mesma sensação quando iniciou nessa arte. 
A impressão que se tem é que estávamos adormecidos ou de olhos vendados, pois passamos a ver coisas que antes não dávamos valor algum.
Tudo adquire uma nova perspectiva, e claro que com o tempo aprendemos a controlar a voracidade que sentimos de registrar tudo que vemos.
Minha ligação com a fotografia começou com o fato de ter um primo, muito querido que é artista plástico, ele sempre procura registrar as cenas em fotografia  e depois, com calma no seu atelier, ele reproduz na tela. 
Foi assim que quando eu tinha meus 16 anos, em uma viagem que fiz com ele até Paraty, tive meu primeiro contato com o universo da fotografia
Meu primo que sempre teve várias câmeras, me deu uma Pentax e me deu algumas dicas de como fotografar corretamente e lá fui eu procurar as imagens.
Algum tempo depois, quando vi um quadro seu que era a reprodução de uma foto que eu havia tirado, senti uma emoção diferente e a certeza que um dia eu iria levar isso a sério.
Aquele sentimento de adolescente só pode aflorar, em 2010, quando me vi aposentado por um problema de saúde e precisava ocupar meu tempo livre. 
Ano passado estive em Paraty e tentei refazer a foto, não sei se era exatamente isso pois 32 anos haviam passado entre as duas fotografias, mas era algo parecido .

releitura-de-minha-primeira-fotografia



Hoje com as facilidades que a tecnologia nos proporciona, é possível ler e ver muitas coisas que antes eram menos acessíveis.
Embora esteja fotografando a pouco tempo, sempre mantive o interesse pelas artes, principalmente as visuais, e talvez por isso possa falar com algum conhecimento do assunto.
Cada obra que vemos, seja ela um filme , um vídeo, um quadro ou uma fotografia, trás consigo um pouco da vida de seu autor, é impossível desvincular um do outro.
Pensando nisso, resolvi fazer uma pequena leitura do resultado da última Bienal de Arte Fotográfica, realizada em Foz do Iguaçú/PR, mês passado, o trabalho dos juízes do concurso não é nada fácil pois a qualidade das imagens normalmente é alta, mas vejamos apenas os resultados dos que forma premiados nos três primeiros lugares.


1º lugar - Cerberus de Ricardo Sena
Ricardo Sena  consegue com sua foto o bicampeonato, no link é possível conhecer um pouco mais do trabalho desse baiano, que na Bienal anterior causou muita polêmica com sua interferência no quintal em 2011.


no link é possível ver a foto no site da Confederação com melhor qualidade.
Já o segundo lugar, que também é baiano, nos trás um retalho do cotidiano.

2º lugar - Ficha no Caixa - Anderson Ivo

Aqui nesse link você pode conhecer um pouco do trabalho de Anderson Ivo

Já o terceiro lugar é figurinha carimbada em vários concursos de Arte Fotográfica.

 3º lugar - Folia de Curumins de Rita Barreto

Essa foto de Rita Barreto inclusive foi 1º lugar no concurso Leica-Fotografe, na categoria cor, seus trabalhos são inspiradores e invariavelmente são premiados.
Algumas pessoas podem, olhando as imagens premiadas, estranhar ou ter opiniões diferentes , mas sempre é bom lembrar que a imagem impressa tem um impacto diferente da vista no formato digital. 
Opiniões à parte as 3 fotos são de fotógrafos de altíssima qualidade e que têm muita história pra contar.
Essa é minha modesta opinião, se você ainda não viu ou ficou curioso para conhecer outras fotografia que também foram selecionadas na XVIII Bienal de Arte Fotográfica em Cores , veja pelo link.
Espero que vocês curtam e isso ajude aqueles que estão descobrindo agora esse universo maravilhoso da Arte Fotográfica, e lembre-se leia, visite exposições de artes em geral, viaje, amplie seus horizontes , garanto que isso terá um resultado muito maior do que qualquer outro investimento que você possa fazer , em equipamento por exemplo. Pense nisso, fica aqui a dica.

sábado, 4 de maio de 2013

XVIII Bienal de Arte Fotográfica Brasileira em Cores

XVIII Bienal em cores

No final do mês de Abril, dessa vez na cidade de Foz do Iguaçu, aconteceu mais uma Bienal de Arte Fotográfica, organizado pela CONFOTO e pelo Foto-clube da cidade que sedia o evento.

A Confoto - Confederação Brasileira de Fotografia, fundada em 1958, promove desde 1960 as Bienais, que começaram  em P&B, única forma possível na época e a partir de 1979 passou a promover em cores também, de tal forma que todos os anos temos a realização de uma, nos anos pares em P&B e nos anos ímpares em cores
A partir de 2009 passou também a realizar a Bienal Natureza em cores que teve suas duas primeiras edições sediadas em Ribeirão Preto, a segunda eu tive o privilégio de acompanhar de perto , acompanhando todo o processo de julgamento das fotos, e também  concorrendo com fotos minhas.
As Bienais Fotográficas são, a meu ver, uma forma muito interessante de avaliar os trabalhos de fotógrafos de todos os cantos do país, para concorrer é preciso ser afiliado a um Foto-clube, que por sua vez também deve estar afiliado a Confederação. 
Dessa forma, quem participa é na sua essencial um amante da Arte Fotográfica, podendo ser também um profissional na área. 
Mas na sua grande maioria trata-se de fotógrafos amadores, que aproveitam também para representar sua região.
O processo de seleção das fotos normalmente já começa no próprio Foto-clube, e nessa fase depende da organização de cada Clube, mas ao chegar a fase de julgamento na cidade onde irá ocorrer a premiação e exposição das obras selecionadas, tem um trabalho criterioso e bastante profissional.
Cinco jurados convidados, dentro do universo de curadores, fotógrafos com renomadas carreiras ou pessoas ligadas a parte editorial de revistas especializadas.  
Tem diante de si dois botões (verde ou vermelho) ligados a um painel. 
E analisam individualmente  cada foto apresentada, de tal forma que cada foto pode ter 5 verdes(aceita) ou 5 vermelhas (desclassificada) ou uma combinação de verdes e vermelhas. 
Após todas as fotos serem apresentadas, que dependendo do número de fotos ( tem sido maior que 2000 fotos) pode levar um bom tempo. É verificado o número de fotos que receberam 5 verdes, caso esse número atinja o determinado pela organização o necessário para a realização da exposição( gira em torno de 120 à 160 fotos), somente elas passarão para a próxima fase, caso contrário as que tiveram 4 verdes também seguirão.
É claro que num processo tão rápido assim de avaliação, duas coisas são necessárias: olhos muito bem treinados de quem julga e fotos com boa impressão para que valorizem o assunto abordado.
Na segunda fase os jurados recebem uma ficha na qual eles, também individualmente, dão nota a cada foto, registrando o número de inscrição da fotografia e sua nota. 
Em tempo algum o jurado tem conhecimento do autor da fotografia e de qual Foto-clube ele pertence, isso garante a lisura do julgamento.
Após julgarem todas as fotos, os dados das 5 fichas são digitalizados e o resultado é obtido.  
Caso não haja empate encerra-se o julgamento, somente um grupo restrito de pessoas tem acesso ao resultado que só é conhecido no dia da premiação.
A Confoto premia os 03 melhores autores, além de distribuir menções honrosas, e também classifica os Foto-clubes de acordo com o resultado de seus associados, esse ranking é feito através da pontuação das fotos participantes e aceitas.
Na XVIII Bienal em Cores, Santos teve uma foto entre as menções honrosas , de minha querida amiga Anete Costa, e quatro fotos entre as selecionadas sendo duas de minha amiga Ana Lucia Simões e as outras duas de sua irmã e também muito querida amiga Regina Simões, com esse resultado Santos ficou em 9º lugar no ranking nacional
Eu que já fiz parte desse universo sei o quanto é difícil e trabalhoso, mas torço por um dia ver nossa cidade no topo desse ranking e torço também vê-la  realizar aqui novamente uma Bienal, a última realizada em 1987.
Dito isso, deixo aqui o link para o resultado da XVIII Bienal em Cores , em constante mudança e adaptação as novas tendências vocês irão notar que há uma crescente presença de fotos em HDR e outras edições mais intensas, mas tudo é arte.