XVIII Bienal em cores
No final do mês de Abril, dessa vez na cidade de Foz do Iguaçu, aconteceu mais uma Bienal de Arte Fotográfica, organizado pela CONFOTO e pelo Foto-clube da cidade que sedia o evento.
A Confoto - Confederação Brasileira de Fotografia, fundada em 1958, promove desde 1960 as Bienais, que começaram em P&B, única forma possível na época e a partir de 1979 passou a promover em cores também, de tal forma que todos os anos temos a realização de uma, nos anos pares em P&B e nos anos ímpares em cores.
A partir de 2009 passou também a realizar a Bienal Natureza em cores que teve suas duas primeiras edições sediadas em Ribeirão Preto, a segunda eu tive o privilégio de acompanhar de perto , acompanhando todo o processo de julgamento das fotos, e também concorrendo com fotos minhas.
As Bienais Fotográficas são, a meu ver, uma forma muito interessante de avaliar os trabalhos de fotógrafos de todos os cantos do país, para concorrer é preciso ser afiliado a um Foto-clube, que por sua vez também deve estar afiliado a Confederação.
Dessa forma, quem participa é na sua essencial um amante da Arte Fotográfica, podendo ser também um profissional na área.
Mas na sua grande maioria trata-se de fotógrafos amadores, que aproveitam também para representar sua região.
O processo de seleção das fotos normalmente já começa no próprio Foto-clube, e nessa fase depende da organização de cada Clube, mas ao chegar a fase de julgamento na cidade onde irá ocorrer a premiação e exposição das obras selecionadas, tem um trabalho criterioso e bastante profissional.
Cinco jurados convidados, dentro do universo de curadores, fotógrafos com renomadas carreiras ou pessoas ligadas a parte editorial de revistas especializadas.
Tem diante de si dois botões (verde ou vermelho) ligados a um painel.
E analisam individualmente cada foto apresentada, de tal forma que cada foto pode ter 5 verdes(aceita) ou 5 vermelhas (desclassificada) ou uma combinação de verdes e vermelhas.
Após todas as fotos serem apresentadas, que dependendo do número de fotos ( tem sido maior que 2000 fotos) pode levar um bom tempo. É verificado o número de fotos que receberam 5 verdes, caso esse número atinja o determinado pela organização o necessário para a realização da exposição( gira em torno de 120 à 160 fotos), somente elas passarão para a próxima fase, caso contrário as que tiveram 4 verdes também seguirão.
É claro que num processo tão rápido assim de avaliação, duas coisas são necessárias: olhos muito bem treinados de quem julga e fotos com boa impressão para que valorizem o assunto abordado.
Na segunda fase os jurados recebem uma ficha na qual eles, também individualmente, dão nota a cada foto, registrando o número de inscrição da fotografia e sua nota.
Em tempo algum o jurado tem conhecimento do autor da fotografia e de qual Foto-clube ele pertence, isso garante a lisura do julgamento.
Após julgarem todas as fotos, os dados das 5 fichas são digitalizados e o resultado é obtido.
Caso não haja empate encerra-se o julgamento, somente um grupo restrito de pessoas tem acesso ao resultado que só é conhecido no dia da premiação.
A Confoto premia os 03 melhores autores, além de distribuir menções honrosas, e também classifica os Foto-clubes de acordo com o resultado de seus associados, esse ranking é feito através da pontuação das fotos participantes e aceitas.
Na XVIII Bienal em Cores, Santos teve uma foto entre as menções honrosas , de minha querida amiga Anete Costa, e quatro fotos entre as selecionadas sendo duas de minha amiga Ana Lucia Simões e as outras duas de sua irmã e também muito querida amiga Regina Simões, com esse resultado Santos ficou em 9º lugar no ranking nacional.
Eu que já fiz parte desse universo sei o quanto é difícil e trabalhoso, mas torço por um dia ver nossa cidade no topo desse ranking e torço também vê-la realizar aqui novamente uma Bienal, a última realizada em 1987.
Dito isso, deixo aqui o link para o resultado da XVIII Bienal em Cores , em constante mudança e adaptação as novas tendências vocês irão notar que há uma crescente presença de fotos em HDR e outras edições mais intensas, mas tudo é arte.
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