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domingo, 1 de dezembro de 2013

Olhar Santista entrevista Luiz Costa


Entrevista de Luiz Costa ao Olhar Santista

Tão logo a fotografia começou a ser difundida no mundo, um dos caminhos escolhidos pelos amantes dessa arte foi os foto clubes. 

Aqui em Santos não foi diferente, se tem noticias(fonte Novo Milênio) do Foto Clube de Santos de 1947 a 1951, do Santos Cine Foto Clube a partir de 1952 com grande atuação até 1966 (não tenho ao certo a data final de seu funcionamento).

Por discordarem dos rumos do Clube alguns sócios e amigos preferiram fundar em 07 de março de 1969 o Clube Foto Amigos de Santos que até hoje reúne pessoas que amam a fotografia, quer sejam amadores ou profissionais, entendendo como profissionais aqueles que vivem da fotografia, com o objetivo de difundir  a arte fotográfica e compartilhar conhecimentos sobre ela.

O Olhar Santista entrevista hoje o fotógrafo  Luiz Costa atual presidente do Clube Foto Amigos de Santos, para que vocês conheçam um pouco mais sobre o Clube.

Luiz Costa atual presidente do CFAS

Olhar Santista - você entrou no CFAS em 2008, o que o motivou a se associar?
Luiz Costa - depois que fiz o curso no CFAS, queria ganhar mais experiência e o convívio com outros fotógrafos mais experientes iria me fazer muito bem;

Olhar Santista - uma das missões do CFAS e difundir a fotografia, hoje quais os cursos que são ministrados aos sócios e a população em geral?
Luiz Costa - estamos com 03 cursos:
  - Curso Básico de Fotografia;
  - Curso de Edição de Imagem utilizando o Lightroom;
  - Curso de Estúdio e Iluminação.

Olhar Santista - os cursos são pagos ou existe algum gratuito?
Luiz Costa - são pagos mas há desconto para os sócios. As oficinas com assuntos específicos são gratuitas para os sócios.

Olhar Santista - Além dos cursos quais outras ações são feitas visando a difusão da fotografia?
Luiz Costa -  temos um workshop de Point Shot(câmeras compactas), que levamos as escolas e outras comunidades que solicitam, em outubro fizemos no Orquidário Municipal para quase 50 pessoas. 
Estamos também com algumas exposições permanentes com ajuda de nossos parceiros, no Restaurante "Arroz Integral de Maria" e na Casa do Vinho "Viva Vinho". Fizemos 02 exposições no Mercado Municipal e estamos agora com uma no Orquidário Municipal que ficará até dia 09/12/2013. Fizemos também uma parceria muito legal com o Projeto Tamtam de Inclusão Social, através de nossa amiga e sócia Nise Coelho(fotografa Special Kids) e o instrutor Ramos Filho, certificamos uma turma especial de fotografia.

Olhar Santista - quantos alunos por ano em média o CFAS forma?
Luiz Costa - em média 80 alunos.

Olhar Santista - Hoje qual o número de associados ativos do CFAS ?
Luiz Costa -  são 75 sócios.

Olhar Santista - Como é a participação dos associados em concursos e bienais e como é feito o incentivo a essa participação, pelo CFAS?
Luiz Costa - eu já considero um incentivo participar de uma Bienal e assim poder mostrar o seu trabalho e ser reconhecido. A participação dos sócios ainda é pequena, apesar de estarmos sempre convidando e incentivando a participação, mas eu considero positiva a nossa participação em termos de resultados conseguidos.

Olhar Santista - quais as vantagens hoje em se associar ao CFAS?
Luiz Costa - hoje estamos com uma sede bem mais ampla e montamos um estúdio bem completo e climatizado, onde o associado pode utilizá-lo sem nenhum custo, desde que não seja para fim comercial. 
Temos descontos em revelações junto com nossos parceiros. Fazemos passeios fotográficos todos os meses com desconto para os sócios. Começamos a oferecer oficinas com temas específicos (macrofotografia e splash por exemplo), onde o sócio não paga nada, apenas confirma a sua participação. 
Não podemos esquecer a oportunidade que o associado tem de trocar ideias e experiências com vários fotógrafos experientes no Clube.

Olhar Santista - hoje você está em seu segundo biênio na presidência do CFAS, fale um pouco dos desafios enfrentados, das conquistas e dos projetos que ainda não conseguiu realizar.
Luiz Costa - os desafios são constantes porque é difícil agradar a todos, mas no geral é gratificante ajudar o CFAS.
um desfio superado e essencial, foi a aquisição de uma sede mais ampla e assim poder dar mais conforto para o associado, desenvolvendo assim novas oficinas e posteriormente novos cursos. 
outro projeto e fazer um livro com fotos dos associados e mais para frente o livro dos 50 anos do CFAS.

Olhar Santista - no governo municipal anterior houve a promessa de uma ajuda oficial, que acabou não acontecendo, houve algum avanço com o atual governo?
Luiz Costa - negativo, na minha opinião o corte de vínculo com a prefeitura foi a melhor coisa que aconteceu para o desenvolvimento do CFAS.

Olhar Santista - no passado o CFAS já realizou uma Bienal em Santos, você acredita que isso volte a acontecer? o que seria necessário para isso , em sua opinião?
Luiz Costa - é Julio, gostaríamos, mas devido ao custo alto de investimento, aliado ao custo de vida alto da região, o que dificulta a aquisição de parceria para esse tipo de evento, mas esse projeto ainda não está totalmente descartado.

Olhar Santista - o CFAS anteriormente agregava associados de toda nossa região, em 2011 dois novos Clubes surgirão : O Frame de São Vicente e o Lente Caiçara de Bertioga, como você vê essa mudança de panorama e quais os caminhos de parcerias isso pode acarretar?
Luiz Costa o CFAS continua agregando sócios de toda a região, acho que os dois novos Clubes , ajudam a difundir ainda mais a arte da fotografia, porque a nossa é muito grande e a troca de informações entre os clubes é muito importante.

Olhar Santista - Fale um pouco dos planos futuros do CFAS.
Luiz Costa -  como já havia dito, com a sede nova estruturada, podemos desenvolver oficinas, novos cursos, exposições e ajudar no desenvolvimento da fotografia sempre com muita técnica e profissionalismo ao principio básico do CFAS, a amizade.

Assim terminamos mais uma entrevista do Olhar Santista, se você quiser conhecer um pouco dos belíssimos trabalhos , vários premiados, do fotógrafo Luiz Costa deixo aqui o link de sua página no Flickr

Espero que vocês tenham gostado, deixe seus comentários e até a próxima.


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Olhar Santista entrevista Dorigley Ferreira

Dorigley Ferreira na entrevista do Olhar Santista


Esse mês apresento a vocês um pouco da história do amigo e fotógrafo santista Dorigley Ferreira.  
Além do seu trabalho como Analista de TI , atua como fotógrafo de eventos, é um dos Diretores de Fotografia do Clube Foto Amigos de Santos.  
Representa a cidade e o CFAS em diversos concursos nacionais, além de ter suas fotos sempre selecionadas e premiadas em vários concursos regionais.


Olhar Santista: Fale um pouco sobre como a fotografia apareceu em sua vida.
Dorigley: sempre gostei de ver fotografias desde pequeno e uma coisa que eu era diferente dos demais. 
Na hora de ver os famosos "albinhos" de fotos 10x15,  eu viajava pelas fotos além do que mostrava o assunto principal prestando também bastante atenção nos demais detalhes que estavam pela foto e ninguém mais tinha percebido. 
Os mais velhos se espantavam e diziam, nossa, como que você foi reparar nisso!!!
Perdi meu pai muito cedo (tinha apenas 3 meses de vida) e por sorte um namorado de minha mãe também era apaixonado por fotografia. 
Apenas em 2010 fui descobrir a grande coincidência,  ele foi um dos sócios fundadores do Clube Foto Amigos de Santos e por esse motivo tenho muito boas fotos de quando eu era criança. 
Maior coincidência ainda é o fato de as mesmas câmeras que me fotografaram quando criança (uma RolleiFlex e uma Olympus Trip) terem voltado pras minhas mãos quase 40 anos depois e eu voltar a usa-las.
Depois disso, já com uns 10 anos de idade até quase uns 16 ficou um grande vazio fotograficamente falando pois só tive foto quando algum parente tirava ou então as famosas fotos na escola. 
Acho que só com uns 18 anos comprei minha primeira câmera de filme Yashica, bem simples mas que me atendia quando ia viajar ou tinha algum acontecimento bem importante. 
Mas não tinha a mínima ideia de como fotografar corretamente como por exemplo fotografar na contra luz e não entender porque saiu tudo escuro !!
Como pra mim, na época comprar filmes e revelar não era muito barato, só fazia fotos em momentos muito importantes chegando a ficar meses pra terminar um rolo de filme.  
Foi apenas em 1998 que comprei minha primeira câmera digital, uma Casio QV-100 que fazia impressionantes 60 imagens no tamanho absurdo de 640x480 (pouco mais de meio mega pixel) e sem flash. 
Como sempre fui curioso e corajoso pra desmontar as coisas, tentei adaptar um flash nessa câmera, mas ficou muito ruim e desisti da ideia.
Nessa época quando ia viajar, levava algumas caixas de disquetes e cabo serial pra descarregar as fotos quando podia usar algum computador do hotel ou pelos lugares que passava.
Apenas quando minha filha nasceu em 2001, que vi a necessidade de melhorar de equipamento, pois eu queria registrar todos os detalhes da infância dela e ficava muito limitado, 
Parti pra uma câmera que já tinha Zoom Optico de 10x, Flash, e já gravava os arquivos direto nos disquetes sem eu precisar descarregar com cabos e mais nada, eram as famosas Mavica da Sony mas ainda limitado ao tamanho dos arquivos que já chegava a 1 mega pixel.
Depois disso, tive diversas câmeras compactas tipo Cybershot,
até que no final de 2009 consegui minha primeira DSLR.
Mas até então sem saber fotografar... sem técnica nem teoria nenhuma.
A entrada no mundo da DSLR se deu de forma não muito normal. 
Na época, minha esposa trabalhava numa empresa que promovia eventos na área da educação em diversos municípios e em alguns deles precisava contratar alguém pra fotografar e perguntei quanto que eles pagavam por esse serviço. 
Como eu já gostava muito de fotografia, pensei porque não "arriscar" e entrar pra esse mercado? 
Com o valor que eu receberia pra fotografar o evento todo dava pra comprar um Kit básico e usado de DSLR e então mergulhei.
Por sorte, consegui algumas boas fotos do evento mesmo fotografando tudo no automático, mas percebi que havia errado muita coisa e que então chegava a hora de precisar estudar fotografia e foi assim que no inicio de 2010 fui para o CFAS.

Olhar Santista: o CFAS ajudou em seu amadurecimento como fotógrafo, fale um pouco sobre isso.
Dorigley: a época do curso foi maravilhosa, muitas coisas novas e possibilidades se apresentaram e pude fazer muitos amigos e hoje parceiros de trabalho e me apaixonei definitivamente pela fotografia.
O Clube deu um pontapé inicial e até hoje me presta suporte quando posso me encontrar com os amigos pra discutir novas ideias ou tirar velhas duvidas.

Olhar Santista: então depois do curso no CFAS, você partiu para cobrir eventos?
Dorigley: logo após o curso, pensava que ganhar dinheiro com fotografia seria uma coisa quase impossível pra mim pois quanto mais eu aprendia eu via que tinha muito mais coisas pra aprender.  
Isso deve ser uma coisa que não tem mesmo fim. Sempre tem algo pra se aprender...
Depois de um tempo vieram os primeiros convites pra fotografar uma festa aqui ou outra coisa ali e foram aparecendo mais contatos. 
Investi em mais equipamentos e mais cursos e acompanhei muito trabalho de gente que admiro até que hoje em dia já consigo fazer um bom dinheiro extra com a fotografia.
Ainda não investi na divulgação e apresentação do meu trabalho que acontece apenas pelo boca-a-boca e indicação de amigos e ainda não parei de trabalhar na minha ocupação principal (analista de T.I.) mas quem sabe um dia não faça da fotografia minha principal atividade, pois acho que quem trabalha com o que realmente ama, na verdade não trabalha, e sim se diverte !!

Olhar Santista: Além de fotografia de eventos você também faz fotos artísticas que inclusive têm sido premiadas nos concursos regionais, fale um pouco sobre essa experiência.
Dorigley: Da mesma forma, depois de um tempo começaram a vir os prêmios nos concursos fotográficos o que me deu o incentivo de imaginar que eu finalmente estava no caminho certo na fotografia sendo minha primeira vitória num concurso interno do CFAS quando uma foto que eu fiz sem pretensão alguma de uma parte de um carro antigo molhado de chuva ganhou pra meu espanto um primeiro lugar. 
Depois vieram as colocações nos concursos fotográficos da região como os do Jornal A Tribuna obtendo os 7º, 10º, 5º e finalmente 1º lugar esse ano assim como o 1º lugar no concurso fotográfico do Forte Itaipu em Praia Grande.

Premio Lentes 2011 - foto Dorigley 
Premio Lentes 2012 - Foto Dorigley 
Premio Lentes 2013 - foto Dorigley 

Olhar Santista: você fotografa eventos e ganhou a pouco prêmio por uma foto de paisagem , qual área da fotografia mais lhe dá prazer em fotografar.
Dorigley: acho que já fotografei a maioria dos assuntos e gosto muito da ideia de ser o responsável por registrar a emoção de um casamento, mas o que mais gosto de fotografar são paisagens e natureza. Gosto também de registrar cenas inusitadas em fotografia de rua.

Olhar Santista: Você é um apaixonado pela fotografia analógica, a que você atribui essa paixão?
Dorigley: acho que a paixão pela fotografia analógica vem do respeito que tenho pelos fotógrafos mais antigos de conseguirem registrar tudo com perfeição e sem nenhum recurso tecnológico e mesmo assim se garantiam. 
A sensação de ver todos os processos que funcionavam décadas atrás ainda funcionar hoje em dia e ver seu primeiro negativo preto e branco vir à vida não tem preço! 
Fico emocionado em ouvir as estórias dos mais antigos dizendo que cobriam casamentos com RolleiFlex com apenas 12 chapas, sem fotômetro, sem poder ver o que vai sair e mesmo assim conseguiam registrar tudo o que queriam.
Quando eu uso uma câmera antiga fico pensando em quem foi a primeira pessoa que fotografou com aquele equipamento, como era a vida naquela época, quais foram as cenas que aquela câmera já "viu"!

Olhar Santista: algum fotógrafo serviu ou serve de inspiração?
Dorigley: Ainda tenho bem pouca bagagem fotográfica e li pouco sobre os grandes nomes da fotografia e me inspiro mais em alguns amigos conhecidos da região mesmo que admiro mas cada um no seu segmento, principalmente os que ainda estão ou já passaram pelo CFAS e tento juntar as experiências de todos e formar minha própria identidade fotográfica.

Olhar Santista: a seu ver, o equipamento é hoje importante no resultado da fotografia em que proporção?
Dorigley: creio que isso vai depender da finalidade da fotografia. Penso que o melhor equipamento fotográfico é o que você tem na hora que precisa. 
Não adianta nada você ter um baita equipamento guardado em casa e você está na rua presenciando uma boa cena e não tem com o que registrar. 
Atualmente eu fotografo com vários tipos de equipamentos em várias situações. 
Quando é algum trabalho que eu preciso entregar uma foto impecável pro cliente tanto na questão técnica (nitidez, exposição correta, boa impressão, etc.) como no lado artístico (composição, criatividade, timing) e pra isso preciso estar preparado pra registrar com qualquer condição, como pouca luz, ou assuntos rápidos como uma noiva jogando um buquê, eu uso um equipamento TOP.
Pra isso, preciso investir em um equipamento confiável, rápido e atualizado. 
Por outro lado, curto bastante uma fotografia sem compromisso pra curtir mesmo, usando muito a câmera do celular ou câmeras compactas até câmeras com recursos limitadíssimos como Tekpix ou câmeras de filme todas de plástico montadas em casa. 
Assim, já tive fotos premiadas que foram feitas com celular ou câmeras de brinquedo pois quem sabe o que quer na fotografia consegue fazer uma boa foto até com uma lata de sardinha !!! Acho que o mais importante na fotografia é ter paciência e saber esperar o momento certo pra fotografar . 
Já teve fotos que levei meses pra poder fazer, desde ter a ideia na cabeça até chegar no dia de ter todas as condições favoráveis como a foto do "olho do peixe" onde eu tinha a foto na minha mente e cheguei a ir até o local muitas vezes pra fotografar mas sempre faltava um detalhe.
Um dia a lua estava boa mas o monumento estava apagado, outro dia o monumento estava aceso mas a lua estava do lado errado, outro dia saí de casa com tudo certo a lua no lugar correto o monumento aceso mas quando cheguei no lugar a lua estava encoberta e por aí vai... até que chegou um dia e estava tudo lindo e consegui fazer minha foto.


Paciência também tive ao ficar plantado por horas em cima de um viaduto no meio da serra, na rodovia Anchieta, correndo vários riscos (assalto, atropelamento, etc.) esperando a lua aparecer no lugar que eu queria só pra poder fazer uma outra foto!
Por outro lado, pode também acontecer de que tudo parece que vai dar errado e nada foi planejado, mas sair uma foto fantástica como a que me deu o Prêmio do Jornal A Tribuna desse ano. 
Nenhum amigo apareceu no dia pra fotografar, a neblina encobria quase tudo e do nada apareceu uma garça pra me servir de modelo!!! 
Foi só um click, do nada, mas fiquei muito feliz por ele.

Olhar Santista: Fazer fotografia de eventos exige, um preparo físico enorme, esse foi o motivo que te levou ao ciclismo ou já era uma paixão também?
Dorigley: O ciclismo veio primeiro... desde os 12 anos já pedalava mas sempre com períodos de altos e baixos. As vezes pedalava meses direto ou ficava anos sem andar. Recentemente voltei a pedalar mais pelos novos amigos que acabei conhecendo pelas facilidades da nossa era digital e tem me feito muito bem tanto fisicamente como emocionalmente. Acho que sou uma pessoa de "fases" e quero experimentar de tudo que eu posso fazer. 
Já voei de parapente, mergulhei, surfei, andei de skate, pratiquei aeromodelismo, canoagem, joguei squash, badminton, e por ai vai... cada vez é uma febre e o mais engraçado é que a fotografia sempre estava presente pelo menos pra eu poder registrar tudo isso. 
O importante é estar em movimento e conhecendo coisas novas e acho que é por isso que eu não chego tão quebrado em casa depois de uma maratona de às vezes 13 horas fotografando desde o inicio de um making of de noiva no começo da tarde até o final da festa já de madrugada.

Olhar Santista: Quais são seus planos para o futuro dentro da fotografia?
Dorigley: Penso em estudar cada vez mais e se o mercado permitir, poder um dia viver de fotografia. Tentar me oficializar, abrir empresa, etc.

Olhar Santista: você é casado e tem uma filha, sua família está sempre presente também na fotografia, fale um pouco disso.
Dorigley: Graças a Deus tenho uma família que me apoia e me incentiva no mundo da fotografia, principalmente minha esposa que não me recrimina na hora de investir em equipamentos e nem fica me policiando quando vou em um encontro fotográfico ou workshop cheio de mulheres bonitas e passo o dia inteiro fora (risos) além de ser minha assistente quando preciso de ajuda nos ensaios. 
Por outro lado, minha filha que atualmente com 12 anos já me acompanha em alguns eventos, principalmente os infantis e me ajuda bastante inclusive com boas ideias e boas fotos.

Por hoje é isso, espero que vocês tenham gostado e até a próxima.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Olhar Santista entrevista

Berenice Kauffmann Abud é nossa entrevistada

Iniciamos hoje o que espero ser uma série de bate-papos com fotógrafos da região, para falar de seus trabalhos , suas experiências e planos futuros sobre a fotografia. 
Me sinto honrado em iniciar essa trajetória com uma querida amiga, talentosa e de uma generosidade imensa e que quero agradecer publicamente por aceitar meu convite.
Berenice Kauffmann Abud, ou simplesmente Bere , como é carinhosamente chamada pelos amigos, é hoje uma referência para muitos fotógrafos da região, respeitada por seu olhar diferenciado, ela participa em diversos concursos pelo Brasil e também pelo mundo , e invariavelmente um trabalho seu é selecionado.
Sua família trabalhou muitos anos na parte comercial da fotografia aqui em Santos, com loja no Centro e depois no Gonzaga, seu pai Boris Kauffmann foi grande incentivador do fotoclubismo na região, tendo sido um dos fundadores em 1947 do Santos Foto Clube, e depois em 1969 do atual fotoclube da cidade , o Clube Foto Amigos de Santos. Bere não se interessou pelo lado comercial da fotografia, que para ela sempre foi vista mais como uma Arte.
Atualmente ela ministra um curso, onde já formou diversos fotógrafos , alguns inclusive trabalhando em eventos.

Olhar Santista: Bere, fale um pouco de seu início na fotografia e também da influência de seu pai nessa caminhada.
Berenice: Bem, eu sempre convivi com a fotografia. Adoro fotografar. Para mim, a fotografia é a mágica que documenta o tempo de cada um de nós.
Sinto que herdei de meu pai, Boris Kauffmann, esse prazeroso encanto de captar imagens através de lentes dos mais diversos equipamentos fotográficos. 
Afinal através dele conheci a história da fotografia. E a observação constante de seu trabalho foi o ponto de partida para a minha grande paixão pelo aprendizado das inúmeras técnicas dessa magnífica arte visual.
Olhar Santista: Em uma entrevista que você concedeu a um programa de TV você falou sobre um curso que fez com o Araquém Alcântara, fale um pouco de seu aprendizado.
Berenice: No início eu tinha a fotografia como hobby. Fotografava a família e amigos. 
Depois, em 1987, comprei a minha primeira câmera profissional, uma Canon T70. 
Como meu pai já havia falecido, resolvi então fazer cursos de fotografia para aprimorar o olhar e a técnica fotográfica. 
Desde então, nunca mais parei com a fotografia
De 1988 a 1990 fiz curso com Araquém Alcântara, participando de várias exposições fotográficas com ele. 
Em 1996 e 2002  fiz curso de iluminação de estúdio com o fotógrafo americano Dean Collins e com o fotógrafo José Alberto Sarquis, respectivamente. Em 2002, curso de montagem de portfólio com Rosely Nakagawa.
Olhar Santista: Bere seus trabalhos estão sempre presentes em diversos concursos nacionais e internacionais, vários foram premiados, conte um pouco disso aos nossos leitores que ainda não conhecem sobre eles.


Foto premiada no 2º Concurso da Fundação Cultural do Exercito Brasileiro/RJ em 2013

Berenice: Em 2004, recebi o título AFIAP(Federation Internacionale de l' Art Photographique) por ter meus trabalhos reconhecidos na Europa.
Em 2011, fui homenageada, pelos Soroptimistas, com o prêmio "Bertha Lutz" em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. 
O prêmio tem por objetivo destacar mulheres nas várias áreas de atividade.
Em vista da aceitação do meu trabalho fotográfico, minhas fotos foram publicadas em livros, jornais, revistas, listas telefônicas, agendas culturais, sites de fotografia e poesias do Brasil, Argentina, Estados Unidos, Portugal, França, Canadá, Rússia, Itália, Croácia e Austrália.
Já realizei várias exposições individuais e coletivas no Brasil, Argentina, Portugal, Espanha, Itália, China, Estados Unidos, França e Rússia.
Recebi prêmios em vários concursos e salões de fotografia do Brasil, Portugal, Argentina, Austrália, China, França, Itália e Estados Unidos.
Olhar Santista: Em 2011 por ocasião dos 15 anos da Fundação Arquivo e Memória de Santos, na Casa da Frontaria Azulejada, eu tive o prazer de ver a exposição Santos 2 Olhares e postei aqui no blog, fale um pouco dessa experiência.



Berenice: Recebi o honroso convite da Fundação, para a Exposição, que teve o patrocínio da Petrobrás. A exposição 2 Olhares  com obras de meu pai em conjunto com meu mais recente trabalho , que concretizou um velho sonho meu de , ao lado de meu pai, mostrar os diferentes estilos e técnicas de arte fotográfica do passado e do presente, nas fotos que documentaram e que continuam documentando, as sucessivas paisagens e pessoas dessa nossa querida cidade de Santos.
Olhar Santista: Apesar de um grande número de fotógrafos, nossa região tem poucas exposições, em sua opinião faltam espaços, a produção é que não é intensa ou faltam empresas que patrocinem os projetos?
Berenice: Eu não acho que falte espaços para exposições fotográficas aqui em Santos. Espaços e produções, temos muitos. 
O que falta é patrocínio para os projetos. Não é fácil conseguir patrocinador. 
A exposição 2 olhares teve patrocínio da Petrobrás por ajuda de um amigo da família. 
A pedido dele a Petrobrás abraçou a ideia e patrocinou a exposição.
Olhar Santista: No passado Santos promoveu Salões internacionais e Bienais de Fotografia, você acredita que esses eventos voltarão um dia a serem feitos e quais os passos você acredita serem necessários para isso?
Berenice:  Não acredito que as Bienais voltem para Santos, eu participei de algumas, de repente sumiram e não se falou mais nada a respeito. Eu acho que os fotoclubes deveriam exigir do poder público a volta das Bienais.
Olhar Santista: Você ministra cursos de fotografia regularmente, gostaria que falasse um pouco sobre o curso e qual é o foco principal dele.
Berenice: Em 1996, a pedido de amigos, resolvi dar aulas de fotografia, o que faço até hoje aqui em casa mesmo. Também ministrei curso de fotografia básica e avançada no Sesc-Santos( de 1999 a 2001), na Galeria Casa das Fotos(2001), na Biografia Foto Studio(2008) e fotografia odontológica na ABO(Associação Brasileira de Odontologia)(2010).
Atualmente dou aula de fevereiro a novembro, para grupos com o mesmo estilo de câmeras, não misturo câmeras SLR com Cybershot. 
Assim, a aula fica mais interessante para o aluno, com seu tipo de câmera. As turmas são pequenas, não mais de cinco alunos por turma. 
Dou aulas de segunda a quinta somente no período noturno. O curso é apostilado e procuro passar toda a técnica fotográfica, inclusive, manuseio da câmera (passo a passo). 
Não adianta ensinar a fotografar se o aluno não tem domínio no manuseio da câmera.
Muitos dos meus alunos hoje fotografam eventos sociais e também fotografam para jornais, o que é um orgulho para mim. Outros fazem o curso por hobby.


Foto de aula prática com uma de suas turmas em 2011 na Ilha Diana
Olhar Santista: O que você diria para um iniciante em fotografia, qual seria sua dica?
Berenice: Eu sempre digo aos meus alunos o que meu professor Araquém Alcântara costumava dizer para mim, "Para conseguir boas fotos de qualquer assunto é preciso, antes de tudo, sentimento e percepção
A sensibilidade e a inspiração têm que se sobrepor à técnica para que o resultado seduza e permaneça na memória do observador. 
Na fotografia, a técnica e as ferramentas de trabalho obviamente são importantes, mas elas têm de estar a serviço da sensibilidade e da criatividade. 
A técnica se aprende lendo, estudando, praticando, fazendo cursos, mas o mais difícil é descondicionar e amadurecer o olhar, dominar a luz"
Para isso, é necessário ver bastante fotografia. Só assim se consegue aprimorar o olhar fotográfico. 
Eu costumo dizer aos meus alunos, não tenham medo em dar cortes radicais ao compor a foto. 
Saiam do tradicional(cartão-postal) e sejam criativos. Vão em busca de um olhar diferenciado. 
Nas aulas práticas eu tento passar esse olhar para meus alunos.
Olhar Santista: para finalizar Bere fale um pouco de seus planos futuros.
Berenice: Voltar a fazer exposições com meus alunos e workshop de fotografia.
Mais uma vez agradeço a generosidade da Berenice, espero que todos tenham gostado, se quiserem conhecer mais do seu trabalho , além do link da AFIAP que coloquei acima deixo aqui também o seu endereço do Flickr.
Até o mês que vem com nosso próximo convidado. Deixe seu comentário e sugestão.



terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sebastião Salgado no Roda Viva

Entrevista com Sebastião Salgado no Roda Viva

"Para ser fotógrafo você precisa ser fotógrafo, você não precisa de uma boa câmera para ser fotógrafo. Você precisa amar a fotografia, precisa amar o que faz e viver densamente para ela" - Sebastião Salgado


Pode parecer um excesso de exposição, ou quem sabe é uma grande carência. Um dos fotógrafos de maior prestígio no mundo Sebastião Salgado, estando no Brasil com sua Exposição Gênesis, é uma oportunidade única para que o brasileiro não fotógrafo conheça esse fantástico brasileiro, que vive na França, e cuja maior parte de material é produzido no exterior.
Para mim, que sou fotógrafo e sou seu fã, é maravilhoso poder ver e ouvir depoimentos e entrevistas e enriquecer meu conhecimento sobre ele.
Aqui no Olhar Santista já fiz várias postagens que você pode conferir clicando no marcador com seu nome.
Ontem, no programa Roda Viva da TV Cultura foi mais uma dessas oportunidades que compartilho aqui com vocês.
Estarei de amanhã até domingo no Paraty em Foco, até meu retorno não farei nenhuma postagem aqui, espero que ao retornar possa trazer um material interessante à todos, até a volta.