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quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A fotografia e suas diferentes formas de expressão

 A fotografia como forma de expressão

O ser humano, sempre teve a necessidade de demonstrar como as coisas que via lhe impactavam.

As pinturas rupestres são as primeiras a registrar as gerações seguintes.

Depois as culturas egípcias, persas, romana, até que surge a pintura.

Durante muito tempo a pintura foi a forma que  o ser humano mostrava ao mundo lugares distantes e desconhecidos da maioria, retratos de reis e príncipes, entre outras coisas. 

Com o passar dos anos a pintura recebeu várias influências e diversos movimentos , com suas características surgiram. 

Mas, o ser humano sempre foi um ser curioso e inquieto, um francês chamado Joseph Niépce, procurando encontrar uma forma de fixar uma imagem em um suporte, para poder mostrá-la depois , pois tinha dificuldades em desenhar, acabou em 1926 produzindo a primeira fotografia.

Mas isso eu já mostrei na postagem A fotografia através do tempo , nessa quero abordar um pouco sobre a fotografia e suas diversas formas de expressão .

A fotografia e suas correntes de expressão

Assim como nas artes plásticas até hoje os grandes mestres do passado são revisitados e servem de referência para os novos talentos, na fotografia não é diferente.

Durante muito tempo a fotografia serviu como registro do cotidiano dos povos e foi intensamente usada pelo fotojornalismo, principalmente na cobertura das guerras. 

Mas hoje com a universalização da fotografia existem diversas correntes além do fotojornalismo, que vão além do registro da imagem e fazem parte da arte em geral.

O fotógrafo, normalmente no começo, experimenta um pouco de todos os gêneros, mas para cada um há uma especificidade e equipamentos que auxiliam na obtenção das melhores imagens.

  • fotografia social
  • fotografia de esportes
  • retratos em estúdio
  • macrofotografia
  • fotografia de natureza
  • fotografia de rua 
  • fotografia de arquitetura

Vou abordar com vocês aquelas correntes que mais me identifico.

Fotografia vista como arte

Comecei a me dedicar à fotografia muito tarde e mesmo assim precisei interromper por muitos anos. Mas nunca é tarde pra fazer o que se ama.

Me dedico a fotografia : 

de paisagens

documental

minimalista

autoral

Essas são as correntes que mais procuro  estudar e criar minha identidade fotográfica, já abordei esse conceito na postagem Treinando o olhar.

Fotografia de paisagem

Quando penso em fotografia de paisagem é impossível não lembrar de Ansel Adms

Nascido em 20 de fevereiro de 1902,  em São Francisco , morreu em 22 de abril de 1984. 

A nitidez e máxima profundidade de campo eram características de suas obras. 

Para quem não conhece seu trabalho deixo abaixo um vídeo que espero que gostem.


O trabalho de Ansel Adms foi um dos precursores na visão de preservação do meio ambiente.

Nesse sentido, o fotógrafo Araquém Alcântara se destaca na atualidade, como já abordei em Fotografando a Natureza.

Minhas fotos são mais urbanas e retratam as belezas de praias e lugares que me emocionam.

A-pegáda

Fim-de-tarde-dourada

Fotografia Documental

Com certeza  as referências nesta fotografia são várias mas vou destacar Sebastião Salgado e João Roberto Ripper

Quando viajo busco conhecer os hábitos dos moradores da região, entender seus costumes, conhecer sua história.

Isso me permite contar uma história através das imagens que vou captando e depois apresento as pessoas na tentativa de passar as mesmas emoções que senti ao fotografar.

O universo minimalista

No conceito minimalista, “menos é mais”, isso se aplica a tudo, mas vamos nos concentrar em como se aplica na fotografia. 

Boa parte da fotografia minimalista é produzida em P & B , mas existem muitas em cores, isso não altera o conceito.

Uma das maiores características, é o espaço negativo, dando maior evidência aos poucos elementos da foto.


no-stress


Fotografia Autoral

Quando falamos em fotografia autoral é essa busca por uma assinatura na sua fotografia de tal forma que quem olha uma foto saiba que você é o autor.

Isso claro leva muitos anos para se conseguir e demanda muita dedicação para construir esse caminho.

Eu busco testar algo além da fotografia, que tem espaço para experiências em edição e também na captura das imagens.


caminhando-com-meu-cão

O-túnel-do-tempo

Bem, era isso que queria conversar por hoje, espero que vocês tenham gostado. Deixe um comentário, e não esqueça de se inscrever para receber as próximas postagem.


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Fotografando a Natureza

Fotografia de Natureza

Dentre todas as vertentes da fotografia a que mais me impacta é sem duvida a de natureza, e nela um dos meus fotógrafos preferidos é sem dúvida Araquem Alcântara.
Vou colocar aqui alguns vídeos do YouTube e que espero vocês também gostem.

Sempre acreditei que se você quer fazer o que ama bem , tem que se espelhar aos melhores, por isso quando penso em fotografar a Natureza, busco inspiração no trabalho do Araquem, para isso há bastante material na internet, tais como reportagens especiais, videos com entrevistas. É sempre bom conhecer melhor a pessoa do artista, também é possível ver seu trabalho nos seus livros.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Olhar Santista entrevista Dorigley Ferreira

Dorigley Ferreira na entrevista do Olhar Santista


Esse mês apresento a vocês um pouco da história do amigo e fotógrafo santista Dorigley Ferreira.  
Além do seu trabalho como Analista de TI , atua como fotógrafo de eventos, é um dos Diretores de Fotografia do Clube Foto Amigos de Santos.  
Representa a cidade e o CFAS em diversos concursos nacionais, além de ter suas fotos sempre selecionadas e premiadas em vários concursos regionais.


Olhar Santista: Fale um pouco sobre como a fotografia apareceu em sua vida.
Dorigley: sempre gostei de ver fotografias desde pequeno e uma coisa que eu era diferente dos demais. 
Na hora de ver os famosos "albinhos" de fotos 10x15,  eu viajava pelas fotos além do que mostrava o assunto principal prestando também bastante atenção nos demais detalhes que estavam pela foto e ninguém mais tinha percebido. 
Os mais velhos se espantavam e diziam, nossa, como que você foi reparar nisso!!!
Perdi meu pai muito cedo (tinha apenas 3 meses de vida) e por sorte um namorado de minha mãe também era apaixonado por fotografia. 
Apenas em 2010 fui descobrir a grande coincidência,  ele foi um dos sócios fundadores do Clube Foto Amigos de Santos e por esse motivo tenho muito boas fotos de quando eu era criança. 
Maior coincidência ainda é o fato de as mesmas câmeras que me fotografaram quando criança (uma RolleiFlex e uma Olympus Trip) terem voltado pras minhas mãos quase 40 anos depois e eu voltar a usa-las.
Depois disso, já com uns 10 anos de idade até quase uns 16 ficou um grande vazio fotograficamente falando pois só tive foto quando algum parente tirava ou então as famosas fotos na escola. 
Acho que só com uns 18 anos comprei minha primeira câmera de filme Yashica, bem simples mas que me atendia quando ia viajar ou tinha algum acontecimento bem importante. 
Mas não tinha a mínima ideia de como fotografar corretamente como por exemplo fotografar na contra luz e não entender porque saiu tudo escuro !!
Como pra mim, na época comprar filmes e revelar não era muito barato, só fazia fotos em momentos muito importantes chegando a ficar meses pra terminar um rolo de filme.  
Foi apenas em 1998 que comprei minha primeira câmera digital, uma Casio QV-100 que fazia impressionantes 60 imagens no tamanho absurdo de 640x480 (pouco mais de meio mega pixel) e sem flash. 
Como sempre fui curioso e corajoso pra desmontar as coisas, tentei adaptar um flash nessa câmera, mas ficou muito ruim e desisti da ideia.
Nessa época quando ia viajar, levava algumas caixas de disquetes e cabo serial pra descarregar as fotos quando podia usar algum computador do hotel ou pelos lugares que passava.
Apenas quando minha filha nasceu em 2001, que vi a necessidade de melhorar de equipamento, pois eu queria registrar todos os detalhes da infância dela e ficava muito limitado, 
Parti pra uma câmera que já tinha Zoom Optico de 10x, Flash, e já gravava os arquivos direto nos disquetes sem eu precisar descarregar com cabos e mais nada, eram as famosas Mavica da Sony mas ainda limitado ao tamanho dos arquivos que já chegava a 1 mega pixel.
Depois disso, tive diversas câmeras compactas tipo Cybershot,
até que no final de 2009 consegui minha primeira DSLR.
Mas até então sem saber fotografar... sem técnica nem teoria nenhuma.
A entrada no mundo da DSLR se deu de forma não muito normal. 
Na época, minha esposa trabalhava numa empresa que promovia eventos na área da educação em diversos municípios e em alguns deles precisava contratar alguém pra fotografar e perguntei quanto que eles pagavam por esse serviço. 
Como eu já gostava muito de fotografia, pensei porque não "arriscar" e entrar pra esse mercado? 
Com o valor que eu receberia pra fotografar o evento todo dava pra comprar um Kit básico e usado de DSLR e então mergulhei.
Por sorte, consegui algumas boas fotos do evento mesmo fotografando tudo no automático, mas percebi que havia errado muita coisa e que então chegava a hora de precisar estudar fotografia e foi assim que no inicio de 2010 fui para o CFAS.

Olhar Santista: o CFAS ajudou em seu amadurecimento como fotógrafo, fale um pouco sobre isso.
Dorigley: a época do curso foi maravilhosa, muitas coisas novas e possibilidades se apresentaram e pude fazer muitos amigos e hoje parceiros de trabalho e me apaixonei definitivamente pela fotografia.
O Clube deu um pontapé inicial e até hoje me presta suporte quando posso me encontrar com os amigos pra discutir novas ideias ou tirar velhas duvidas.

Olhar Santista: então depois do curso no CFAS, você partiu para cobrir eventos?
Dorigley: logo após o curso, pensava que ganhar dinheiro com fotografia seria uma coisa quase impossível pra mim pois quanto mais eu aprendia eu via que tinha muito mais coisas pra aprender.  
Isso deve ser uma coisa que não tem mesmo fim. Sempre tem algo pra se aprender...
Depois de um tempo vieram os primeiros convites pra fotografar uma festa aqui ou outra coisa ali e foram aparecendo mais contatos. 
Investi em mais equipamentos e mais cursos e acompanhei muito trabalho de gente que admiro até que hoje em dia já consigo fazer um bom dinheiro extra com a fotografia.
Ainda não investi na divulgação e apresentação do meu trabalho que acontece apenas pelo boca-a-boca e indicação de amigos e ainda não parei de trabalhar na minha ocupação principal (analista de T.I.) mas quem sabe um dia não faça da fotografia minha principal atividade, pois acho que quem trabalha com o que realmente ama, na verdade não trabalha, e sim se diverte !!

Olhar Santista: Além de fotografia de eventos você também faz fotos artísticas que inclusive têm sido premiadas nos concursos regionais, fale um pouco sobre essa experiência.
Dorigley: Da mesma forma, depois de um tempo começaram a vir os prêmios nos concursos fotográficos o que me deu o incentivo de imaginar que eu finalmente estava no caminho certo na fotografia sendo minha primeira vitória num concurso interno do CFAS quando uma foto que eu fiz sem pretensão alguma de uma parte de um carro antigo molhado de chuva ganhou pra meu espanto um primeiro lugar. 
Depois vieram as colocações nos concursos fotográficos da região como os do Jornal A Tribuna obtendo os 7º, 10º, 5º e finalmente 1º lugar esse ano assim como o 1º lugar no concurso fotográfico do Forte Itaipu em Praia Grande.

Premio Lentes 2011 - foto Dorigley 
Premio Lentes 2012 - Foto Dorigley 
Premio Lentes 2013 - foto Dorigley 

Olhar Santista: você fotografa eventos e ganhou a pouco prêmio por uma foto de paisagem , qual área da fotografia mais lhe dá prazer em fotografar.
Dorigley: acho que já fotografei a maioria dos assuntos e gosto muito da ideia de ser o responsável por registrar a emoção de um casamento, mas o que mais gosto de fotografar são paisagens e natureza. Gosto também de registrar cenas inusitadas em fotografia de rua.

Olhar Santista: Você é um apaixonado pela fotografia analógica, a que você atribui essa paixão?
Dorigley: acho que a paixão pela fotografia analógica vem do respeito que tenho pelos fotógrafos mais antigos de conseguirem registrar tudo com perfeição e sem nenhum recurso tecnológico e mesmo assim se garantiam. 
A sensação de ver todos os processos que funcionavam décadas atrás ainda funcionar hoje em dia e ver seu primeiro negativo preto e branco vir à vida não tem preço! 
Fico emocionado em ouvir as estórias dos mais antigos dizendo que cobriam casamentos com RolleiFlex com apenas 12 chapas, sem fotômetro, sem poder ver o que vai sair e mesmo assim conseguiam registrar tudo o que queriam.
Quando eu uso uma câmera antiga fico pensando em quem foi a primeira pessoa que fotografou com aquele equipamento, como era a vida naquela época, quais foram as cenas que aquela câmera já "viu"!

Olhar Santista: algum fotógrafo serviu ou serve de inspiração?
Dorigley: Ainda tenho bem pouca bagagem fotográfica e li pouco sobre os grandes nomes da fotografia e me inspiro mais em alguns amigos conhecidos da região mesmo que admiro mas cada um no seu segmento, principalmente os que ainda estão ou já passaram pelo CFAS e tento juntar as experiências de todos e formar minha própria identidade fotográfica.

Olhar Santista: a seu ver, o equipamento é hoje importante no resultado da fotografia em que proporção?
Dorigley: creio que isso vai depender da finalidade da fotografia. Penso que o melhor equipamento fotográfico é o que você tem na hora que precisa. 
Não adianta nada você ter um baita equipamento guardado em casa e você está na rua presenciando uma boa cena e não tem com o que registrar. 
Atualmente eu fotografo com vários tipos de equipamentos em várias situações. 
Quando é algum trabalho que eu preciso entregar uma foto impecável pro cliente tanto na questão técnica (nitidez, exposição correta, boa impressão, etc.) como no lado artístico (composição, criatividade, timing) e pra isso preciso estar preparado pra registrar com qualquer condição, como pouca luz, ou assuntos rápidos como uma noiva jogando um buquê, eu uso um equipamento TOP.
Pra isso, preciso investir em um equipamento confiável, rápido e atualizado. 
Por outro lado, curto bastante uma fotografia sem compromisso pra curtir mesmo, usando muito a câmera do celular ou câmeras compactas até câmeras com recursos limitadíssimos como Tekpix ou câmeras de filme todas de plástico montadas em casa. 
Assim, já tive fotos premiadas que foram feitas com celular ou câmeras de brinquedo pois quem sabe o que quer na fotografia consegue fazer uma boa foto até com uma lata de sardinha !!! Acho que o mais importante na fotografia é ter paciência e saber esperar o momento certo pra fotografar . 
Já teve fotos que levei meses pra poder fazer, desde ter a ideia na cabeça até chegar no dia de ter todas as condições favoráveis como a foto do "olho do peixe" onde eu tinha a foto na minha mente e cheguei a ir até o local muitas vezes pra fotografar mas sempre faltava um detalhe.
Um dia a lua estava boa mas o monumento estava apagado, outro dia o monumento estava aceso mas a lua estava do lado errado, outro dia saí de casa com tudo certo a lua no lugar correto o monumento aceso mas quando cheguei no lugar a lua estava encoberta e por aí vai... até que chegou um dia e estava tudo lindo e consegui fazer minha foto.


Paciência também tive ao ficar plantado por horas em cima de um viaduto no meio da serra, na rodovia Anchieta, correndo vários riscos (assalto, atropelamento, etc.) esperando a lua aparecer no lugar que eu queria só pra poder fazer uma outra foto!
Por outro lado, pode também acontecer de que tudo parece que vai dar errado e nada foi planejado, mas sair uma foto fantástica como a que me deu o Prêmio do Jornal A Tribuna desse ano. 
Nenhum amigo apareceu no dia pra fotografar, a neblina encobria quase tudo e do nada apareceu uma garça pra me servir de modelo!!! 
Foi só um click, do nada, mas fiquei muito feliz por ele.

Olhar Santista: Fazer fotografia de eventos exige, um preparo físico enorme, esse foi o motivo que te levou ao ciclismo ou já era uma paixão também?
Dorigley: O ciclismo veio primeiro... desde os 12 anos já pedalava mas sempre com períodos de altos e baixos. As vezes pedalava meses direto ou ficava anos sem andar. Recentemente voltei a pedalar mais pelos novos amigos que acabei conhecendo pelas facilidades da nossa era digital e tem me feito muito bem tanto fisicamente como emocionalmente. Acho que sou uma pessoa de "fases" e quero experimentar de tudo que eu posso fazer. 
Já voei de parapente, mergulhei, surfei, andei de skate, pratiquei aeromodelismo, canoagem, joguei squash, badminton, e por ai vai... cada vez é uma febre e o mais engraçado é que a fotografia sempre estava presente pelo menos pra eu poder registrar tudo isso. 
O importante é estar em movimento e conhecendo coisas novas e acho que é por isso que eu não chego tão quebrado em casa depois de uma maratona de às vezes 13 horas fotografando desde o inicio de um making of de noiva no começo da tarde até o final da festa já de madrugada.

Olhar Santista: Quais são seus planos para o futuro dentro da fotografia?
Dorigley: Penso em estudar cada vez mais e se o mercado permitir, poder um dia viver de fotografia. Tentar me oficializar, abrir empresa, etc.

Olhar Santista: você é casado e tem uma filha, sua família está sempre presente também na fotografia, fale um pouco disso.
Dorigley: Graças a Deus tenho uma família que me apoia e me incentiva no mundo da fotografia, principalmente minha esposa que não me recrimina na hora de investir em equipamentos e nem fica me policiando quando vou em um encontro fotográfico ou workshop cheio de mulheres bonitas e passo o dia inteiro fora (risos) além de ser minha assistente quando preciso de ajuda nos ensaios. 
Por outro lado, minha filha que atualmente com 12 anos já me acompanha em alguns eventos, principalmente os infantis e me ajuda bastante inclusive com boas ideias e boas fotos.

Por hoje é isso, espero que vocês tenham gostado e até a próxima.