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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Treinando o Olhar

Treinando o Olhar Fotográfico  

Quando conhecemos o universo da fotografia, é natural um  encantamento surgir,  algo toma posse de nós, saímos câmera em punho e como se fossemos um pistoleiro atiramos em tudo que enxergamos. 
Com o passar do tempo, passamos a ter nossas preferências em termos de fotografia, alguns preferem se dedicar a macro fotografia,  a fotografia de moda, retratos, fotografia de natureza, enfim cada um segue um caminho ou mais de um.
 Em minha opinião isso ocorre porque a fotografia como qualquer outra arte, carrega a história da pessoa que a produz, ou seja, quando apertamos o disparador todos os filmes, os quadros, os livros, toda a nossa história de vida influenciarão o resultado final. 
É simples você provar isso, ou pelo menos ver como isso de fato ocorre, basta você pegar um grupo de dez fotógrafos e ir para um mesmo local com um tema sendo fotografado e você terá dez visões diferentes do mesmo tema.
Outra coisa comum aos iniciantes em fotografia é a família o eleger fotógrafo oficial, mas não se engane eles vão querer um trabalho profissional pelo preço de irmão, uma vantagem levamos nesses casos, normalmente conhecemos todos os fotografados e isso nos dará uma vantagem ao registrar um evento, pois sabemos o que é realmente relevante em cada ocasião.
Muitos iniciantes fazem um curso de fotografia e logo se aventuram ao ramo das fotografias de eventos, alguns até conseguem êxito, mas a grande maioria que hoje procuram fazer um curso e se dedicar a fotografia o faz por amor à arte fotográfica, pelo prazer de ver materializada e eternizada uma imagem.
Não sei qual é o seu caso, mas vou falar um pouco de como me envolvi com a fotografia e quem sabe isso possa ajuda-lo a trilhar o seu caminho com maior facilidade.
Quando eu era adolescente, lá pelos 16 anos, fui com meu primo Benê, que é artista plástico, fotografar Paraty/RJ, ele usava depois as fotografias, na época em cromos, para pintar seus quadros em óleo sobre tela. 
Chegando lá meu primo pegou uma das suas câmeras, no caso uma Pentax e me deu algumas noções básicas e eu parti todo feliz para clicar pela primeira vez. 
Quando vi o resultado da foto que fiz na tela pintada pelo meu primo, fiquei maravilhado, senti naquele momento que um dia eu poderia fotografar de verdade.
Mas foram precisos mais de 30 anos para que eu voltasse a olhar para a fotografia de maneira mais intensa, ela transformou minha vida de maneira definitiva.
Passei a postar em sites como o Flickr e participar de grupos para comparar os olhares e participava dos concursos internos que aparecia por lá. 
Isso para mim foi importante, porque a gente sempre acha ou que nossa foto é a melhor ou que é a pior, mas na verdade nem uma coisa nem outra estão certas.
Foi através de um contato do Flickr, que tomei conhecimento do CFAS (Clube Foto Amigos de Santos), procurei o foto-clube para fazer um curso e depois entrei como sócio, queria participar de concursos e Bienais e para isso é necessário ser afiliado a um foto-clube.
Participei de diversos concursos internos e externos, isso foi importante para criar certa identidade fotográfica, hoje duas vertentes principais da fotografia são as minhas preferidas, a fotografia de Natureza e a fotografia documental.
É claro que isso é  influência:  da minha história, do meu primo que me introduziu nesse universo e de tudo que vi em exposições de arte e de fotografia e filmes documentários, que adoro assistir. 
Tenho a convicção de que uma das principais características da fotografia e também a maior influencia dela na conscientização das pessoas em torno do mundo que vivemos, é documentar o momento, os costumes, e a geografia e tudo que caracteriza um povo, uma região.
A fotografia sempre teve uma influência importante no Brasil, incentivada pelo então imperador Dom Pedro II, foram criados estúdios e havia fotógrafos contratados pelo imperador para divulgar esse invento. 
Naquela época a fotografia era para uma minoria, e a bem da verdade isso só mudou realmente com a chegada da fotografia digital. 
Hoje quase todo mundo tem em sua casa ao menos uma câmera, mesmo que seja no celular e arrisca tirar suas fotos.
Mas quando o assunto é Arte Fotográfica temos sempre que nos lembrar do papel dos foto-clubes na sua transmissão. 
A chegada da digital também teve um papel importante na revitalização dos foto-clubes, a Confederação, agrega atualmente pouco menos de 100 clubes espalhados por todo o Pais e é através deles que todos os anos diversos novos talentos aparecem para o mundo da fotografia.
É extremamente importante que os sócios de um foto-clube participem desses eventos e promovam o Clube e represente a sua cidade, para o sócio participante também é importante, pois a cada novo evento ele se aprimora e com isso seu olhar vai se transformando.

Dicas para aprimorar seu olhar fotográfico

Concluindo deixo aqui minhas dicas de como você pode aprimorar cada vez mais e de forma contínua seu olhar fotográfico:
-Participe de comunidades, mas escolha aquelas onde os participantes fazem comentários e críticas às fotos apresentadas, é um bom exercício para o ego também;
-Participe de todos os concursos que puder e quando sair os resultados procure aprender como são analisadas as fotos;
Lembre-se há uma enorme diferença entre a foto na internet e a foto impressa, e a qualidade dessa impressão faz toda a diferença entre uma foto boa e uma foto campeã;
-Quando for fotografar, procure criar a foto em sua mente antes de começar a enquadrar, analise a luz, olhe em volta e decida a melhor composição, só depois busque a técnica necessária para conseguir o que viu;
-Frequente exposições não só de fotografias, mas também de pinturas e de artes em geral;
-Quando ver um filmeprocure entender a linguagem através da fotografia apresentada nele;
-Tudo que está a nossa volta pode ser fotografado, lembre-se disso, mas a maneira como é fotografado é que faz toda a diferença;
-Pratique muito e sempre analise se o que você fotografou foi exatamente o que sentiu no momento que apertou o disparador.
Acredito que assim, além de melhorar suas fotos, você sentirá mais prazer em fotografar.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A fotografia e suas diferentes formas de expressão

 A fotografia como forma de expressão

O ser humano, sempre teve a necessidade de demonstrar como as coisas que via lhe impactavam.

As pinturas rupestres são as primeiras a registrar as gerações seguintes.

Depois as culturas egípcias, persas, romana, até que surge a pintura.

Durante muito tempo a pintura foi a forma que  o ser humano mostrava ao mundo lugares distantes e desconhecidos da maioria, retratos de reis e príncipes, entre outras coisas. 

Com o passar dos anos a pintura recebeu várias influências e diversos movimentos , com suas características surgiram. 

Mas, o ser humano sempre foi um ser curioso e inquieto, um francês chamado Joseph Niépce, procurando encontrar uma forma de fixar uma imagem em um suporte, para poder mostrá-la depois , pois tinha dificuldades em desenhar, acabou em 1926 produzindo a primeira fotografia.

Mas isso eu já mostrei na postagem A fotografia através do tempo , nessa quero abordar um pouco sobre a fotografia e suas diversas formas de expressão .

A fotografia e suas correntes de expressão

Assim como nas artes plásticas até hoje os grandes mestres do passado são revisitados e servem de referência para os novos talentos, na fotografia não é diferente.

Durante muito tempo a fotografia serviu como registro do cotidiano dos povos e foi intensamente usada pelo fotojornalismo, principalmente na cobertura das guerras. 

Mas hoje com a universalização da fotografia existem diversas correntes além do fotojornalismo, que vão além do registro da imagem e fazem parte da arte em geral.

O fotógrafo, normalmente no começo, experimenta um pouco de todos os gêneros, mas para cada um há uma especificidade e equipamentos que auxiliam na obtenção das melhores imagens.

  • fotografia social
  • fotografia de esportes
  • retratos em estúdio
  • macrofotografia
  • fotografia de natureza
  • fotografia de rua 
  • fotografia de arquitetura

Vou abordar com vocês aquelas correntes que mais me identifico.

Fotografia vista como arte

Comecei a me dedicar à fotografia muito tarde e mesmo assim precisei interromper por muitos anos. Mas nunca é tarde pra fazer o que se ama.

Me dedico a fotografia : 

de paisagens

documental

minimalista

autoral

Essas são as correntes que mais procuro  estudar e criar minha identidade fotográfica, já abordei esse conceito na postagem Treinando o olhar.

Fotografia de paisagem

Quando penso em fotografia de paisagem é impossível não lembrar de Ansel Adms

Nascido em 20 de fevereiro de 1902,  em São Francisco , morreu em 22 de abril de 1984. 

A nitidez e máxima profundidade de campo eram características de suas obras. 

Para quem não conhece seu trabalho deixo abaixo um vídeo que espero que gostem.


O trabalho de Ansel Adms foi um dos precursores na visão de preservação do meio ambiente.

Nesse sentido, o fotógrafo Araquém Alcântara se destaca na atualidade, como já abordei em Fotografando a Natureza.

Minhas fotos são mais urbanas e retratam as belezas de praias e lugares que me emocionam.

A-pegáda

Fim-de-tarde-dourada

Fotografia Documental

Com certeza  as referências nesta fotografia são várias mas vou destacar Sebastião Salgado e João Roberto Ripper

Quando viajo busco conhecer os hábitos dos moradores da região, entender seus costumes, conhecer sua história.

Isso me permite contar uma história através das imagens que vou captando e depois apresento as pessoas na tentativa de passar as mesmas emoções que senti ao fotografar.

O universo minimalista

No conceito minimalista, “menos é mais”, isso se aplica a tudo, mas vamos nos concentrar em como se aplica na fotografia. 

Boa parte da fotografia minimalista é produzida em P & B , mas existem muitas em cores, isso não altera o conceito.

Uma das maiores características, é o espaço negativo, dando maior evidência aos poucos elementos da foto.


no-stress


Fotografia Autoral

Quando falamos em fotografia autoral é essa busca por uma assinatura na sua fotografia de tal forma que quem olha uma foto saiba que você é o autor.

Isso claro leva muitos anos para se conseguir e demanda muita dedicação para construir esse caminho.

Eu busco testar algo além da fotografia, que tem espaço para experiências em edição e também na captura das imagens.


caminhando-com-meu-cão

O-túnel-do-tempo

Bem, era isso que queria conversar por hoje, espero que vocês tenham gostado. Deixe um comentário, e não esqueça de se inscrever para receber as próximas postagem.