domingo, 12 de maio de 2013

O amor é a melhor terapia - 4ª semana

Hoje comemoramos o Dia das Mães, mais uma data comercial, pois para mim todos os dias são para se dedicar as mães, talvez eu esteja muito emotivo em função das circunstâncias, mas enfim é o que penso.
Em junho completarão dois anos da morte de meu pai, antes dele falecer, de maneira abrupta apesar dos seus 84 anos (foi vítima de um infarto fulminante), minha mãe já apresentava alguns indícios que me preocupavam e que relatei ao seu geriatra, porém somente algum tempo após sua morte é que as coisas foram ficando mais evidentes até que o diagnóstico veio e depois foi confirmado pela neurologista. 
O triste do Mal de Alzheimer é ver dia a dia a pessoa perder um pouco mais de sua identidade, pessoas que não convivem podem ter a impressão de que há exagero por parte de quem está junto, isso gera inclusive discussões e conflitos em algumas famílias. 
A pessoa que cuida, vai se tornando cada dia mais um porto seguro, e cada vez  é mais difícil dividir a tarefa, o desgaste é inevitável, mas apesar de tudo isso quando existe o amor verdadeiro, tudo isso é compensado, e é o meu caso em relação a minha mãe.
Durante esses dias em que tenho saído regularmente com minha mãe, para fazer fisioterapia em seu ombro, todos os dias ela me faz as mesmas observações , dizendo que estou indo para o lado errado ou que não irá dar tempo de chegar, é como aparece no filme como se fosse a primeira vez, sua memória de fatos recentes quase não mais existe, e muitas vezes os fatos de um passado distante afloram e para ela eles não são lembranças e sim aconteceram agora.

Na maior parte das vezes, não sou eu quem a leva para a terapia e sim um outro eu imaginário, que ela alterna , tudo isso à meu ver, também é uma forma dela me proteger, porque mesmo com a pouca consciência de seu problema, ela ainda  é MÃE na essência da palavra e tenta me poupar de alguma forma do desgaste de tudo isso.

Esse relato é apenas para explicar um pouco dessa jornada, não tenho aqui nenhuma intenção de tentar dizer o que é certo ou errado, até porque não tenho o conhecimento necessário para isso, nem tão pouco é algum tipo de crítica ou reclamação, sou o quinto filho gerado por minha mãe, todos vivos e com suas vidas seguindo, e apesar das dificuldades a medida do possível, ajudando de alguma forma a continuar a colocar um sorriso no rosto de nossa mãe, em Santos vivem os três mais novos, sendo que eu vivo com minha mãe há uns quinze anos, desde meu último divórcio, é natural para mim que as coisas sigam assim e é minha forma também, de retribuir tudo que ela fez por mim durante toda a minha vida.
Nada na vida é por acaso e o mais importante é estarmos atentos e nos preparar bem para cada desafio e experiência que nos é apresentada.
Vejamos agora o resumo fotográfico, lembro a vocês também que todas as fotos aqui postadas foram tiradas com uma Nikon D-60 com a lente 18~55mm.
Essa semana continuamos no mesmo trecho da praia da rua Alexandre Martins até a rua Imperatriz Leopoldina, seguindo pela orla e pelos jardins da praia, sempre após as 14 horas, minha mãe em uma cadeira de rodas , somente para que não se canse pois ela caminha, apesar de necessitar da ajuda de uma bengala. Essa situação, muitas vezes a incomoda o que abrevia nosso passeio, o que eu sempre lamento pois adoro fotos do por-do-sol, mas ela já concordou em utilizar a cadeira após o termino da terapia, para que possamos passear de vez em quando.
Mais uma semana inteira de muito sol e tardes lindas para fotografar, sigo fazendo um resumo dos principais temas abordados essa semana. Passear pelos jardins de Santos nos reserva algumas surpresas: há uma infinidade de vida quer seja dos insetos e pássaros, quer das plantas , árvores e flores dos jardins, além de todas as pessoas e seus animais de estimação, que frequentam os jardins e as praias, pessoas ao sol simplesmente relaxando, outras praticando esportes , e ainda aquelas que compartilham esses momentos com seus filhos ou pais, companheiros ou com amigos .
































Por essa semana vou ficar por aqui, semana que vem termina o tratamento de minha mãe e coincidentemente ela completa 83 anos, boa parte de nossa grande família estará reunida e com certeza serão momentos felizes , que irei registrar para ficarem guardados para sempre.
Espero que curtam e deixem seus comentários, até a próxima.

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