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segunda-feira, 29 de abril de 2013

O amor é a melhor terapia - 2ª semana

Como havia prometido, vou compartilhar com vocês a segunda semana dessa jornada, que se iniciou pra quem não leu, na postagem o amor é a melhor terapia, que fiz semana passada. A ideia é mostrar como é possível ter num mesmo assunto ou local uma gama alta de diferentes olhares.
A fisioterapia, que minha mãe está fazendo já começa a apresentar melhoras, ela já dorme mais facilmente e com poucas queixas de dor, essa dor é resultado de um tombo, um risco sempre presente na vida dos idosos, mamãe irá completar 83 anos em maio, apesar de não ter tido nenhuma fratura provavelmente o tendão deve ter inflamado e ela reclama muito do ombro e as regiões interligadas a ele.
Em casa já a muito tempo havíamos adaptado alguns locais, mas com o avanço do Alzheimer terei que rever algumas outras coisas.
Sei que muitas pessoas atravessam problemas parecidos com o que estou passando, deixo aqui o link de um manual que pode ajudar , nunca é demais informação, e mesmo que você não tenha o problema na sua casa certamente conhece alguém que tem, isso é cada vez mais comum por conta do aumento da expectativa de vida, então se quiser leia e compartilhe. 
 Agora voltando à fotografia, vamos ver um pouco do resumo dessa semana.
Só para relembrar , o trecho fotografado é a orla da praia entre as ruas Alexandre Martins na Aparecida e Imperatriz Leopoldina na Ponta da Praia, no período da tarde após as 14 hs, mais uma vez Deus nos deu tardes lindas de sol, porém poucas serão as fotos de por-de-sol que apresentarei. 
Quando de alguma forma experimentamos situações que fogem ao normal de nosso dia-a-dia, percebemos coisas que embora a gente saiba que estão lá, não nos incomodam tanto.
É o que sinto com algumas coisa que tenho visto todos os dias, vou citar algumas delas, o número impressionante de pessoas que moram nas ruas de Santos, elas são invisíveis aos olhos da maioria, mas estão lá, e fico pensando porque chegaram a esse ponto em suas vidas. Outra coisa, que existe em Santos desde que eu era adolescente e parece ser uma doença sem fim, são as rodinhas de jovens nos bancos dos jardins da praia, se drogando à luz do dia como se isso fosse algo normal, parece que ninguém nunca irá resolver isso.
Mas uma coisa que é cada vez mais igual, em qualquer parte da cidade são os buracos nas calçadas, a conservação é obrigação do dono do imóvel, acho isso uma burrice, porque cada um a faz do jeito que quer, sem se preocupar com nenhum padrão e fica no geral uma porcaria, acho que a prefeitura deveria fazer a conservação e cobrar junto com o IPTU, bem  fica aqui meu desabafo.
Mas nem tudo é ruim , até quando depende do poder público, exemplo disso são duas obras que estão em fase de conclusão nesse trecho da Orla, que são os quiosques do canal 6 e a colocação de murada no trecho que vem até o Aquário.




quando concluir,  irei registrar e postar aqui pra vocês. esse trecho da orla é pra mim muito especial, pois faz parte da minha vida desde pequeno, vi sua transformação e as inúmeras melhorias feitas ao longo do tempo, alguns lugares fazem parte da vida de muitos santistas e porque não daqueles que vieram aqui só de passagem, a maioria terá alguma recordação ao ver essas imagens.





imagens simples que são pano de fundo para a vida de muitos de nós, uma das vertentes que mais gosto dentro da fotografia é sem dúvida a fotografia de rua, muitos acham que ela deve ser sempre em preto e branco, talvez porque era assim que os grandes mestres fotografavam, em particularmente gosto, mesmo porque a ausência de cor enaltece o assunto retratado, não desviando nosso olhar para outras coisas que possam estar no enquadramento, mas acho que ela pode ser perfeitamente em cores também como essas.




o mais importante me parece ser pensar a fotografia monocromática quando se faz o registro compare  e tirem suas conclusões





as vezes passamos tão apressados pelos mesmos lugares, que deixamos de observar detalhes importantes, numa de minhas passagens me deparei com essa belezinha, o nome é argiope argentata, conhecida como aranha-de-prata ou aranha-dos-jardins, essa é uma fêmea, muito maior do que o macho , que quando se aventura para copular com ela, acaba virando refeição. 










existem outros lugares, que visitamos a vida toda mais sempre nos reservam algumas surpresas, é assim o Aquário Municipal de Santos, que desde 1945 tem sido visitado por quase todos os membros de nossas famílias, levei minha mãe para dar uma voltinha por lá, acho que ela ainda não havia estado lá depois da reforma.








Acho que ela gostou, pelo menos senti isso no restante do dia e vi nas fotos que tirei depois





ela ficou tão animada que até aproveitamos esse dia e ficamos até um pouco mais tarde na praia, e é claro aproveitei pra registrar o maravilhoso fim de tarde de outono, estação que para mim tem uma luz toda especial para esse tipo de fotografia





bem por essa semana foi isso, espero que tenham gostado, vou continuar minha jornada com a mesma paixão, pescando imagens e emoções e trazendo aqui pra compartilhar com vocês, imagens como essas que postei acima ou como essas abaixo.






Imagens que fazem parte da minha cidade , das minhas lembranças,  da minha vida , até a próxima.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O amor é a melhor terapia

Amor o melhor remédio contra o Alzheimer

A coisa que mais me fascina na fotografia, é a capacidade dela parar o tempo, guardar a emoção contida naquela fração de segundo, eternizar um sorriso, um olhar, uma vida.
Hoje , quase dois anos após a morte de meu pai, só me resta as lembranças de tantos momentos vividos ao seu lado , muitos eternizados em fotos, as quais quando olho sou capaz de ouvir sua voz , seu sorriso.
Papai se foi e eu sempre tive uma certeza que o amor vivido entre ele e minha mãe, em mais de 62 anos de casamento ,  jamais seria esquecido, mas de repente apareceu o alemão, um tal de Al..., incrível os mistérios de nosso cérebro. 
Eu que já vivia com eles à muitos anos, da forma mais natural possível,  encarei a situação. Em pouco tempo percebi que minha vida toda mudaria, a primeira coisa que precisei deixar para outro momento foi o foto-clube de Santos. 
Era impossível continuar dando a atenção que eu julgava ser necessária a minha função de Diretor e cuidar de minha mãe. 
Aos poucos me desliguei inclusive do Clube, e cada vez fotografei menos.
Claro que nunca parei nem irei parar, fotografia hoje é como o ar que respiro, mas hoje ela é mais pontual pois falta o principal, tempo para sair e fotografar.
Mas a vida sempre acha algum caminho, e a necessidade de fazer um tratamento longo de  fisioterapia em minha mãe, e a distância de 2 km que separam minha casa da clínica, me fizeram ter uma ideia. Arrumei uma cadeira de rodas para ela não se cansar e passei a caminhar todos os dias da semana, em passeios pela orla da praia, que sem dúvida estão fazendo um bem enorme a nós dois.
Esse roteiro único me fez pensar em uma coisa que já li em vários artigos, que fala sobre as várias formas de olhar o mesmo assunto e é isso que pretendo fazer e compartilhar com vocês nas próximas semanas, pra não ficar cansativo farei um apanhado semanal e postarei aqui.
Espero que a experiência seja útil também pra vocês. 
Todos as fotos aqui apresentadas foram tiradas a partir das 14 hs, com a câmera Nikon D60 e a lente 18~55 mm , f/3,5~5,6. 
Os assuntos serão os mais diversos possíveis em cores ou convertidos para preto/branco. 
A edição feita através do  Camera RAW , CS5 e /ou Photoscape, qualquer dúvida ou pergunta é só postar nos comentários que respondo.
Essa jornada começa no dia 15/04/2013, saímos de casa , moro a três quadras da praia de aparecida em Santos, sigo pela Alexandre Martins até os jardins da praia e de lá até o final da praia na calçada após o aquário, onde fica a Casa da Esperança a meia quadra na rua Imperatriz Leopoldina, depois de feita a terapia faço o caminho de volta, e é na volta que tiro a maior parte das fotos que postarei, mas vou começar com as fotos da minha querida mãe.



uma parada para relaxar e curtir um lindo final de tarde, apesar de seu semblante sério ela está feliz pois a muito não vinha à praia, essa foto tirada com o sol à direita, fiz com o foco no segundo plano mesmo em 18mm f/5, iso 100, e velocidade de 1/1250s, na edição apenas um ajuste no camera raw na exposição.



nessa um sorriso, eu falei que ia mandar as fotos pros netos e bisnetos dela, aí é fácil ele aparecer, muitas de suas lembranças se foram mas o amor a família está lá muito enraizado. Foto em 18mm , f/5, 1/125s, iso 100




essa feita em 55mm f/5,6 iso 200, veloc. 1/200, apesar de seus lindos olhos azuis preferi converter em P/B .




aqui uma feita em contraluz, ao lado do posto 6, havíamos passado por lá pra ver uma exposição de minha amiga Maria Fernanda, e na saída parei pra ela tomar um solzinho, a foto foi tirada com iso 100, veloc. 1/200, f/5,6, 18mm e uso de flash para  ela aparecer.
Bem agora que vocês já conhecem minha mãe vou mostrar algumas fotos com outros motivos, esse é um roteiro muito interessante pra quem gosta de foto de rua. Também há a possibilidade de explorar fotos macro e claro de natureza.



Há um universo de possibilidades quando se caminha pelos jardins de praia em Santos, a começar pelo fato dele ser o maior do mundo nesse gênero, mas estarei aqui falando de uma pequena parte dele, uma que por sinal me trás inúmeras recordações, quantas vezes meu pai sentou nesses bancos observando o mar para depois irmos pescar à noite por essas praias, talvez assim como esse senhor , que talvez observe as crianças e lembre de seus filhos. Foto tirada em 18mm, f/3,5, veloc. 1/2000s, iso 100 convertida no CS5 .



nessa usei as mesmas configurações com a diferença de ter editado depois no photoscape aumentando o contraste, aplicando o filtro de filme provia médio e vinheta.




aqui  apliquei filtro infrared. A foto foi tirada em 32mm, f/5 , veloc. 1/800 , iso 100.
essa com a mesma configuração da anterior.



aqui uma foto em contraluz com as seguintes configurações : iso 100, f/22, veloc. 1/50, 18mm. 

é quase impossível ter um resultado bom sem um filtro de densidade, essa foi tirada com lente 18mm, f/10, veloc. 1/320s, iso 100 e no tratamento usei o plug-in Viveza2





essa foi tirada com 18mm, f/11 , veloc. 1/500s e iso 100. Na edição apliquei camada de filtro azul




essa usei 18mm, f/5,6, veloc. 1/4000s e iso 100, também apliquei filtro azul.




aqui usei 29mm , f/4,8, veloc. 1/160s e iso 100




nessa 32mm, f/4,8, veloc. 1/50 e iso 100

nessa 55mm , f/5,6, veloc. 1/200s,  iso 100, um corte feito para valorizar mais o assunto.


nos jardins ao fim da tarde é comum encontrar rolinhas , pardais, bem-te-vis, joão-de-barro  e sabiás, requer atenção e paciência para encontrar o melhor angulo entre os galhos, mesmo com a lente inadequada é possível captar algumas boas imagens, essa 55mm, f/5,6, veloc. 1/160s e iso 100


 essa 55mm, f/5,6, veloc. 1/250s e iso 100

Esse foi um pequeno apanhado da primeira semana, espero que vocês comentem e que também possam fazer exercícios semelhantes , nem sempre é preciso fazermos viagens distantes para mudar o foco de nossas fotografias e sempre é valido treinar o olhar.

Semana que vem posto o resumo da segunda semana, até lá.